Considerado o melhor árbitro português, Pedro Proença foi o eleito para dirigir as finais da Liga dos Campeões de 2011/2012 e do Europeu de 2012, e desde que abandonou os estádios que se perguntava à boca pequena qual seria o destino deste benfiquista assumido, gestor financeiro especialista em gestão de insolvências.
A resposta veio cerca de seis meses depois, com a candidatura à presidência da Liga de Clubes, em oposição a Luís Duque.
Os apoios foram bem medidos, embora não tenha contado com o do seu clube de eleição, e acabou por ganhar o ato eleitoral (no dia 29 de julho), que lhe proporciona um mandato válido até 2019, com 32 votos (58,2%) contra 23 (41,8%) do seu opositor.
Na declaração de vitória proferida imediatamente após a divulgação dos resultados, Pedro Proença prometeu trabalhar em prol do futebol português, agora como dirigente da Liga: “Tentaremos encontrar soluções para um futebol sustentável, seguindo os modelos de negócio praticados pelos melhores exemplos. Queremos uma Liga que seja sinónimo de credibilidade e competência.”
A credibilidade já vinha inscrita no programa do ex-árbitro, que tinha por título “Credibilizar a Liga, criar valor e internacionalizar”, um documento com 28 páginas e, desde logo, com uma ideia original: a criação de uma espécie de Liga Ibérica, a ser negociada com a La Liga e os clubes espanhóis. Nesta competição seriam colocados em disputa os melhores classificados de ambos os campeonatos.
Além desta ideia, Proença defendia no seu programa a implementação de um All Star Game, amigável e entre os melhores jogadores do campeonato, e copiar o exemplo inglês, com uma jornada do campeonato a ser jogada um ou dois dias depois do Natal. Outras novidades passam pela introdução de wi-fi em todos os estádios da Primeira Liga (não se sabe a modalidade, paga ou gratuita), criar um canal de televisão da Liga, com conteúdos próprios para comercialização no estrangeiro e para ajudar à promoção do campeonato português, a dinamização de uma aplicação para smartphones e uma Liga virtual para adeptos…
No fundo, foi com estas propostas que Pedro Proença venceu as eleições e convenceu os seus pares, de onde se destacava ainda a vontade de aumentar as receitas dos clubes, garantindo um mínimo de 500 mil euros a cada um dos representantes da Segunda Liga, criando receitas com as apostas online e centralizando os direitos televisivos, distribuindo as receitas em função do desempenho.
Passando para a esfera privada, Pedro Proença pauta pela discrição. Nasceu a 3 de novembro de 1970, é do signo Escorpião, gosta de usar gel no cabelo e dirigia-se aos jogadores sempre de uma maneira peculiar, utilizando muitas vezes a expressão “meus queridos”.
Tem 44 anos e casou-se a 31 de maio de 2014 com Carla Rufino, numa cerimónia civil na Herdade dos Almendres, próxima de Évora e propriedade dos pais da noiva, na qual estiveram presentes cerca de 200 convidados, entre os quais alguns árbitros de futebol, como Cosme Machado ou Artur Soares Dias.
Carla é a ex-mulher do antigo jogador de futebol Fernando Mendes, do qual tem duas filhas, é empresária e tem um mestrado em Marketing.
Texto: Luís Peniche; Foto: DR
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