Pedro Guedes assumiu, em conversa com Júlia Pinheiro, que atravessou um período muito difícil por causa do confinamento, por força da pandemia da covid-19, chegando mesmo a encontrar-se num estado depressivo que agravou quando Pedro Lima morreu.
O manequim sofreu quando teve a sensação de que estava a ser “tirada a liberdade a toda a gente”, sem “ninguém saber o que iria acontecer com a doença” provocada pelo novo coronavírus. Aliado a isto, recordou, “fiquei sem trabalho”: “Perdi os trabalhos todos que tinha marcados. (…) Fui abaixo.”
Pedro Guedes lutou ainda contra a distância da filha, Gabriela, do anterior casamento com Telma Santos. “Aquela coisa de não poder ir buscar a minha filha, porque ela vive em Setúbal e nós estamos no Porto. Não poder estar com ela… Via-a em vídeos”, lembrou.
Kelly Baron, com quem o modelo se casou no programa “O Noivo é Que Sabe”, também da SIC, ficou “muito surpreendida” com o estado depressivo do companheiro. “Nunca o tinha visto da maneira como o vi durante a quarentena. (…) Não o reconhecia. Eu tentava puxar por ele. Dizia-lhe para vir treinar comigo e para não pensar nisso, porque não estava no nosso controlo o que estava a acontecer.”
Morte de Pedro Lima: “Como é que vou esquecer isto?”
A 20 de junho, uma tragédia agrava a condição psicológica de Pedro Guedes: a morte do amigo Pedro Lima. O ator foi encontrado sem vida na Praia do Abano, em Cascais, ele que estava a lutar contra uma depressão. “Quando achava que as coisas já estavam a ficar bem, acontece isto”, disse o modelo.
Pedro Lima “era uma pessoa com quem estive muitas vezes a surfar na praia. Era um irmão mais velho“, salientou a Júlia Pinheiro, admitindo que foi novamente abaixo com este desaparecimento repentino: “Acho que andei um mês em que a Kelly falava para mim e eu só olhava para ela e dizia: ‘Gata, mas como é que é possível? Como é que eu vou esquecer isto? Como é que vou esquecer-me de pessoas que admiro?‘”.
Depois, relatou a última vez em que esteve com o ator. Foi “uma semana e meia antes” da tragédia. “Íamos surfar. Quando cheguei a Carcavelos, ele estava a andar de skate. (…) Estava a falar para ele e ele estava meio parado. Eu até disse, em tom de brincadeira: ‘Que cara é essa? O que foi?’ Ele estava parado e disse-me: ‘Não, não, não. E eu: ‘Mano, então? Já sabes… Podes dizer o que te apetecer que eu não te vou dizer nada. Fala’. E ele disse: ‘Não, não, não’“, recordou.
Pedro Guedes não tem dúvidas: “Senti o olhar de distância”. E sabe-o porque, também ele, já passou “um bocadinho por essa infelicidade e tristeza.” Uma semana e meia depois, o pior aconteceu.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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