Pedro Górgia foi o concorrente expulso de “Masterchef celebridades”, da TVI, este domingo, dia 18 de junho.
O ator esteve à conversa com a sua TV7Dias e contou como foi a experiência de participar num programa de cozinha sem cozinhar como um perito.
“Fui enganando toda a gente”, dizia Pedro enquanto dava a sua gargalhada característica.
Como tudo começou?
“Eu fui convidado com muito pouco tempo para responder. No início fiquei com algumas dúvidas porque não sou grande cozinheiro e não queria fazer má figura.”
No entanto, o ator aceitou o convite na perspetiva de se divertir e “divertir as pessoas lá em casa”
“Sempre cozinhei para safar, a mim e aos convidados que vão lá em casa.”
Quem o surpreendeu…
“Não conhecendo a Naide fiquei bastante surpreso. Porque logo no primeiro programa, nas declarações, perguntaram quem é que eu achava o concorrente mais fraco e eu respondi a Naide. E a verdade é que a Naide é dos concorrentes mais fortes. Ela cozinha mesmo muito bem. A nível pessoal também fiquei surpreendido. Mas isso eu acho que acontece invariavelmente com toda a gente, no início um pouco mais tímidos, e a Naide era um bocadinho mais tímida e reservada no início e depois muito expansiva, muito bem humorada, uma pessoa com enorme carisma.
Foi uma boa surpresa. A Vanda também me surpreendeu, o Afonso que eu já conhecia mas que conheci melhor agora.”
Até pôs o concorrente Afonso a mandar neste programa…
“Exatamente, foi uma estratégia minha. Como eu não sei nada, ponho a mandar quem sabe. Saber delegar também é importante e então deleguei nele. E é engraçado pois o Afonso tem aquele jeito dele que ele é que sabe tudo, mas isso é muito engraçado. Também criou ali umas situações de conflito comigo, não de conflito sério mas de conflito engraçado durante todo o programa e isso também dá vida ao programa.”
Truques…
“Na verdade consegui enganar muito bem as pessoas e enganei-me a mim próprio porque às tantas já acreditava que sabia cozinhar. E a realidade é mais dura que outra coisa. Caiu em cima de mim como um estrondo. Cheguei àquele ponto em que queria cozinhar um prato super simples que se faz em minha casa. A minha mulher faz aquele prato vezes sem conta – frango no forno com molho de limão – e eu achei que ia fazer isto só de a ter visto a fazer e saiu tudo errado. Eles foram muito meiguinhos na edição. Houve momentos em que eu não sabia mesmo o que fazer.”
Os momentos de desespero…
“Eu não sabia como me safar porque estava já tudo a correr mal e cheguei ao ponto de pensar que ou corto aqui um braço e levo ao forno ou então vou ficar quieto.” – brincou.
As reações…
“Mal a minha mulher soube disse logo – “Mas tu saíste? Não acredito” – essa foi logo a primeira reação. Mas estava cansado e com um bebé pequenino em casa foi difícil, eram dias muito intensos.
Outras reações foi a minha família toda que queria que eu continuasse e ganhasse o programa e os amigos, todos acreditavam em mim. Eu era o único que não acreditava em mim. De resto foi nas redes sociais e as pessoas ao longo do programa acreditavam sempre que eu ia ficar.”
O objetivo…
“De algum modo eu divertia as pessoas em casa e esse era o meu objetivo sem dúvida nenhuma. Era crriar um ambiente bom nas gravações e divertir as pessoas em casa. Principalmente hoje, com um drama terrível. Ontem, nas televisões só se falava disso [incêndio em Pedrogão Grande que matou 63 pessoas] e chegámos ali ao Masterchef e foi um momento de alívio de cabeça e coração que pudemos dar às pessoas.”
O Masterchef emitido após várias horas de transmissão de informação sobre a tragédia de Pedrógãio Grande teve um papel importante:
“Senti que ao fim não sei quantas horas a falar daquele drama, chegar ali e ter aquele bocadinho do Masterchef para as pessoas poderem sossegar um bocadinho os corações e não pensarem numa coisa que é tão dramática durante aquele bocadinho. Cumpriu um papel social e eu senti-me bem com isso.”
O entretenimento como base…
“Muitas vezes eu questiono-me acerca da minha função enquanto ator. A minha função social, verdadeira e por isso é que eu me envolvo também em muitas situações um pouquinho mais altruístas. Eu estou envolvido num projeto com a Fundação PT em que ando de Norte a Sul do país, há não sei quantos anos, a alertar os jovens para uma atitude saudável na vida, a um bom uso das redes sociais… Tento usar o facto de ser figura pública para passar uma mensagem positiva.”
Os chefs numa só palavra…
“O chef Rui Paula é todo coração; O chef Kiko é todo família; O chef Miguel é mais mental, cabeça.”
A família Masterchef…
“Temos um grupo no WhatsApp onde falamos todos e o chef Kiko manda muitas vezes fotografias dos filhos e eu gosto muito desse lado familiar dele.”
A história de cada programa…
“As pessoas da produtora, a Shine, estão muito aliadas, muito afinadas e eles próprios nos guiam para uma história. Aproveitam as situações todas para depois na edição conseguirem contar a história da melhor forma. Cada um de nós pega em pequenas características nossas e exageramos para que depois possam ser aproveitadas. É importante para as pessoas que estão a ver conseguirem definir personagens e isso é muito importante.”
Faria algo diferente?
“Só o último prato, porque até aí tudo correu bem”começou por dizer a rir mas acrescentou:
“Voltaria a fazer o Masterchef até de olhos fechados!”
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