Pedro Crispim
Compara as audiências do BB 2020 a uma história de amor: «Não é só um ‘toca e foge’»

Nacional

Pedro Crispim é um dos comentadores do BB 2020, da TVI, e agora conta-nos como está a viver esta experiência.

Sex, 15/05/2020 - 15:21

Pedro Crispim é um dos comentadores do BB 2020, da TVI, e agora conta-nos como está a viver esta experiência. O rosto da estação de Queluz de Baixo, que trabalha a 100% no canal desde 2019, fala ainda sobre as audiências do reality show, da prestação de Cláudio Ramos e do assunto da semana… as declarações de Hélder, que lhe valeram uma nomeação direta

VIP- Como surgiu este convite?

Pedro Crispim – Surgiu da direção da TVI. Desde 2019 que estou a 100% no canal, antes ia como convidado de forma pontual, apresentar propostas de moda. Depois foi criada a rubrica Guru da Moda e nesse momento fiquei mais ligado ao canal. Tive algumas experiências, que agradeço, pois fizeram com que aprendesse e crescesse no Você na TV!, quer a nível de moda, quer na Crónica Social, onde surgiram alguns desafios, como fazer reportagens e outras abordagens, até com a Ana Arrebentinha, com quem adoro trabalhar. Fui uma escolha improvável logo brilhante por parte dos responsáveis, acima de tudo por não ter qualquer vínculo a reality shows. Acho que, no fundo essa é uma mais valia, pois sou totalmente imparcial.

Quais as suas expectativas em relação ao BB 2020?

Para mim o BB2020 è único, não só por estarmos a celebrar os 20 anos do reality show em Portugal, por toda a sua estrutura e meios serem incomparáveis com outros projectos televisivos,  pelos elementos que compõem esta plataforma, assim como pelo leque eclético e tão rico de concorrentes, mas também pelo facto de o programa ter surgido numa altura diferente de qualquer situação ou realidade que tivéssemos vivido. 

Ainda é cedo, mas quem é que gostaria que fosse o vencedor?

Ainda é cedo, não tenho ainda nenhum preferido, apesar de já ter algumas simpatias e antipatias. Considero que existem concorrentes para todos os perfis, uns vão ligar-se mais a uns que a outros, é como na vida real! Considero também que este programa não é estanque, como se tivesse vida… de minuto para minuto tudo por mudar… até a nossa opinião. Esse é o maior desafio destes formatos para quem assiste. 

Conheça aqui a opinião de Pedro Crispim sobre todos os concorrentes.

Qual a sua opinião em relação a toda esta situação que se criou em torno do Hélder? 

Acho que todo o preconceito é baseado na ignorância ou no medo, e refiro-me tanto ao tema da homossexualidade como ao sexismo, que a mim me incomodou ainda mais. Todos nós temos alguns preconceitos. Temos que ir aprendendo a gerir, lidar e aos poucos ir acabando com eles ao longo da vida, até porque o preconceito, seja ele qual for, só acrescenta um peso desnecessário à bagagem da nossa vida. O Hélder, para além dessas situações, é um concorrente válido e acrescenta muita dinâmica à casa. 

Muito se tem falado nesta situação e as opiniões dividem-se. Se por um lado uns aplaudem as medidas tomadas pela produção e pela TVI, por outro há quem fale em «exagero». Acha que é um assunto que tem de ser forçosamente abordado sempre que assim o justifique? 

Sim, claro! Tudo isto tem uma razão. O BB e a TVI escolheram aquelas pessoas, pois todas são únicas e especiais. Não nos podemos esquecer que ambas possuem, antes de tudo, o mérito por lá estarem. Certamente muitos quereriam estar no lugar deles. Cada elemento acrescenta conteúdos diferentes à casa, trazendo ‘nas mangas’ temas necessários de serem abordados. Eles não são atores, são pessoas, com todas as suas assimetrias. Acredito que este BB os faça crescer e que quando sairem da casa sejam pessoas mais informadas, empáticas e flexíveis com as diferenças dos outros. Estes concorrentes são os melhores de sempre. Nunca existiram concorrentes tão pouco formatados, tão reais, completos e com tantas camadas interessantes em nenhum programa de televisão em Portugal. 

Acha que, com esta subida gradual das audiências, vão conseguir vencer o programa Quem Quer Namorar com o Agricultor?, da SIC? 

Nada do que se quer forte e duradoro pode ter um início instantâneo… 

As pessoas vão-se envolvendo e apaixonando pelo BB até o começarem a amar. Assim é na vida, quando nos queremos casar com alguém não é só um ‘toca e foge’. Confesso que não ligo nenhuma aos números, foco muito a energia no meu trabalho e na minha realidade, aprendendo, limando arestas e crescendo de dia para dia e de programa para programa. Claro que todos queremos ganhar mas, na realidade, já estamos a ganhar desde o primeiro dia, quando apresentamos um projecto com a qualidade deste BB 2020. O reflexo disso está nas redes sociais, onde não se fala de mais nada, onde até os ex-concorrentes de outros formatos do género têm muitas opiniões sobre este Big Brother, tanto positivas como negativas. Todas são válidas, é sinal que estão atentos ao nosso trabalho. 

No início, o Cláudio Ramos foi muito elogiado. Depois, face à última gala, em que teve de gritar com alguns concorrentes, as opiniões já se têm dividido um bocado. Como vê esta situação? 

Já referi antes que o Claudio está a ser brilhante a apresentar este programa e, de gala para gala, está a crescer e a ganhar espaço, assim como o próprio BB. Este programa possui o poder de fazer com que todos os envolvidos cresçam, ficando, a cada momento, mais denso e intenso. Essa é a base do trabalho de todos aqueles que compõem esta estrutura. Quando a história é boa, todos temos mais oportunidades de fazer melhor, nas funções que ocupamos.

Texto: Ivan Silva; Fotos: reprodução Instagram 

 

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