Pedro Carvalho voltou às grandes produções do canal Queluz de Baixo, com uma personagem que se envolve com uma transgénero. O ator afirma que gosta de interpretar papéis que marquem as pessoas.
VIP – A novela Ouro Verde marca o seu regresso ao horário nobre da TVI, o canal onde fez toda a sua carreira de ator em televisão.
Pedro Carvalho – Toda. Já são 13 projetos na TVI e 12 anos de carreira. O que é muito bom porque a TVI tem apostado em mim em personagens muito importantes. Este papel que eu estou a fazer em “Ouro Verde” é muito forte, mais uma vez um personagem polémico, que tende a passar uma mensagem muito importante.
Disse que a sua personagem é forte. Gosta deste tipo de desafios na sua carreira?
Gosto de fazer este tipo de personagens, ou seja, têm-me dado essa liberdade de eu poder fazer aquilo de que gosto e escolher os caminhos que quero tomar na minha carreira. Tenho uma direção que quero tomar e, felizmente, as personagens que tenho feito na TVI têm ido ao encontro daquilo que eu quero. E esses personagens têm sido tão bons e tão fortes, ao ponto de me fazerem crescer a nível profissional.
A personagem Tomás Ferreira da Fonseca, que está a interpretar em “Ouro Verde”, vai envolver-se com uma transexual. Fale um pouco desse envolvimento?
O Tomás é um playboy que está habituado a ter todas as mulheres que quer. Ele é muito preconceituoso, homofóbico, vem de uma família muito tradicional, tem todas as mulheres que quer e nunca se apaixonou por ninguém a não ser pela personagem Inês [Sofia Escobar]. Entretanto, ele vai apaixonar-se por uma mulher que vem a descobrir que é um transexual, que é um homem que está em fase de transformação para mulher. É muito interessante como a autora está a desenvolver isso, porque aborda de uma forma muito fidedigna. Abordam-se todos os passos, desde o processo de tratamento à parte psicológica da personagem David [Inês Nunes].
Mas não deixa de ser uma parte polémica da história?
Sim. Quando o Tomás descobrir, as pessoas vão ver o preconceito ao mais alto nível e vão perceber aquilo que se vê nos telejornais, de uma violência atroz, que é o espancamento, a morte de homossexuais e o “bullying”. Vão perceber o que são o espancamento e os maus-tratos aos transsexuais, na rua, por pessoas preconceituosas, homofóbicas, malformadas. Que são uns animais. A mensagem que pretende passar-se lá para casa é que o amor não escolhe sexos, idades e cor. Nada. È amor. Nós apaixonamo-nos por pessoas.
Texto: Mário Rui Domingues; Produção: Zita Lopes; Fotografia: Filipe Brito; Cabelo e maquilhagem: Ana Coelho com produtos Kioma e L’ Oréal Professionnel
Agradecimentos: O Bom Mau e O Vilão, Gant e Zara
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