Paula Neves abriu o coração a Fátima Lopes numa entrevista emotiva carregada de sinceridade. A atriz revelou no Conta-me Como És alguns dos seus maiores segredos e medos, nomeadamente que sofre de «um desequilíbrio emocional».
A entrevista foi transmitida no sábado, dia 24 de novembro, e no mesmo dia Paula Neves marcou presença na festa que celebrou a conquista do Internacional Emmy Award por parte da novela Ouro Verde. Questionada sobre como se sentia por ter exposto o lado mais pessoal, Paula Neves assumiu sentir-se desconfortável com a entrevista.
«Sinto-me um bocadinho em carne viva, eu não tenho muitos filtros, falo das coisas abertamente. Quando dou uma entrevista falo sempre a mostrar o meu coração, só que estas entrevistas profundas têm uns contornos especiais e a conversa com a Fátima não foi uma entrevista, foi uma conversa entre duas mulheres. E a coisa foi a uns níveis que são meus, que são verdade, que são reais, mas de repente toda a gente os viu e agora não me apetecia», declarou. Contudo, a atriz garante não estar envergonhada. «Sinto-me desprotegida», esclarece.
Sobre 2018, Paula Neves faz um balanço muito positivo. «Foi um ano fantástico. Foi um ano extremamente rico, criativo, que me levou de volta aos palcos, em que voltei a apaixonar-me pelo teatro outra vez».
«Entrámos no mundo da infertilidade, nenhum dos dois aguentou»
Na mesma entrevista à TVI, Paula Neves abriu o coração sobre a infertilidade. «Fazia sentido termos filhos, há 10 anos começamos a tentar, era natural. Não vieram, começou a ser estranho não virem. Ficámos num limbo, de ser estranho ou de irmos procurar ajuda. Começamos a pensar na idade, até que fomos procurar e ver o que se passava. Entrámos no mundo da infertilidade, nenhum dos dois aguentou, e percebemos que não era para nós, nem para um nem para o outro. Saímos de lá. Sem filhos, juntos até ao fim», contou.
Ainda em conversa com Fátima Lopes, Paula Neves admitiu ser uma mulher doce, mas também amarga. «O meu marido leva com os dois lados, o doce e o bicho. Acho que sou querida para os outros, porque a maior parte das vezes eu escondo o bicho. Quando ele está cá fora, ou estou a tomar ansióliticos ou estou fechada em casa, porque não é um bicho sociável que possa estar com muita gente à volta, então protejo-me», assumiu atriz, que tem este problema há anos.
«Assim que acordo percebo logo como me sinto, tomo um ansiólitico e fico afinadinha, é uma beleza», ri-se, para depois voltar a um tom mais sério. «Quando estou a trabalhar é mais difícil de controlar, não quero estar sempre a tomar compridos, tento calar-me mais e ele vai embora sozinho. Eu tenho uma bolha de manhã, em que estou calada e ele vai embora sozinho. Este bicho vem de um desequilibro emocional», sublinhou.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Marco Fonseca
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