“Temos de lutar pelos nossos sonhos”. Esta é a máxima de Catarina Padinha, filha de Pedro Passos Coelho e de Fátima Padinha, a ex-cantora do grupo Doce, e foi o que a levou a inscrever-se na agência Go Models Lisboa, mesmo sabendo que a exposição mediática era inevitável. A jovem, de 21 anos, está também a tirar uma licenciatura em Conservação e Restauro. “Espero conseguir conciliar tudo. Vou-me esforçar para que não interfira nas notas”, afirma. No fim, espera ser reconhecida pelas suas qualidades e não pelo seu apelido.
VIP – Está a dar os primeiros passos no mundo da moda. O que a levou a inscrever-se numa agência de modelos?
Catarina Padinha – Foi a vontade de começar a planear o meu futuro. Estou na faculdade, mas sinto que ainda tenho tempo livre e gostava de o investir em alguma coisa. Ser modelo sempre esteve nos meus pensamentos.
Além do book que fez inicialmente para a Go Models, já realizou algum trabalho nesta área?
Até agora, ainda só fiz a campanha de Natal da agência.
Ainda não chegaram convites desde que se tornou público que é modelo?
Para trabalhos, não; só para entrevistas. O trabalho vem com o tempo, não se pode esperar que venha logo tudo de uma vez.
Está ansiosa por começar?
Claro que sim.
O que a assusta mais?
Que não apareçam as oportunidades ou, se surgirem, acabar por não ter jeito porque ainda sou muito inexperiente. Ainda agora comecei. Entrei para a agência há dois meses. Já tive uma formação, mas, fora isso, ainda sou “verde”.
Qual foi a reação da sua família quando lhes comunicou que queria ser modelo?
A minha mãe apoia-me e o meu pai também. Até agora, só tive reações calorosas.
O seu pai gostou das fotografias que já fez?
O meu pai é um homem de poucas palavras, disse-me simplesmente que tinha gostado e que estava muito bonita.
Falam todos os dias?
Claro que falamos regularmente, mas vivo com a minha mãe.
Além da moda, tem outros sonhos artísticos?
Está a referir-se a eu querer cantar? Sim, porque, segundo a minha mãe – e acredito nela porque tem experiência neste campo –, tenho uma boa voz e canto muito bem. Gostava de fazer parte de uma banda e de aprender um instrumento musical. Tudo isto aconteceu em pouco tempo, até agora tenho estado envolvida nos estudos, mas cheguei a uma altura em que, simplesmente, fez-se um clique na minha cabeça e pensei: “do que é que estou à espera?”. Tenho que começar a investir nas coisas de que realmente gosto, que são a música, o canto e a carreira de modelo.
A nível musical quais são os seus gostos?
É muito difícil definir, gosto de tanta coisa… Basicamente, gosto de música de todo o século XX, mas também da mais contemporânea e da clássica.
Costuma cantar com a sua mãe?
Sim, há anos. Às vezes, vamos no carro a ouvir uma música e começamos as duas a cantá-la. Ela ensina-me.
Pode dizer-se que pertence a uma família com uma veia artística, uma vez que o seu pai também se candidatou a um casting para um musical do Filipe La Féria, há 12 anos…
É verdade, desde pequenina que estou habituada a um ambiente familiar de cantores.
Consegue conciliar tudo isto com a faculdade. Não lhe rouba tempo aos estudos?
Por enquanto, não, e espero conseguir conciliar tudo daqui para a frente como tenho conseguido até aqui. É um bocadinho apertado, mas isso é porque ainda estou a ajustar-me, a adaptar-me. Com um pouco mais de organização, consigo conciliar melhor as coisas. O facto é que isto ainda agora começou. Vou fazer os possíveis…
Mas neste momento está em época de exames e tem tido várias entrevistas…
Vou esforçar-me para que a moda não interfira com as notas. Se, por acaso, precisar de mais tempo para estudar, terei de arranjá-lo. Sempre consegui e, por isso, os meus pais confiam em mim e apoiam-me.
Frequenta o segundo ano do curso de Conservação e Restauro, na Faculdade de Belas-Artes. O que a atrai nesta área?
Gosto da possibilidade de poder estar em contacto com obras de arte e, ao mesmo tempo, estar inserida numa área que também é científica. Sinto-me bastante cativada também por arqueologia. Era a área em que apostaria, se não conseguisse entrar em Conservação e Restauro. Interesso-me bastante pelo estudo dos objetos antigos.
As possibilidades de emprego futuras não a assustam? Quais são as perspetivas?
Falta-me um ano para acabar o curso. Depois, estou a pensar tirar um mestrado, provavelmente fora do País. Tenho preferência por Londres ou Itália. A vida é incerta e, por isso, não me atrevo a planeá-la dessa maneira. Enquanto me sentir bem no presente, e confiante do que estou a fazer, vou seguindo por esse caminho, porque a vida está sempre a abrir portas e posso estar a planear uma coisa e, de repente, a vida pôr-me outra coisa à frente. E qual é que vou escolher? Só na altura é que saberei. Vou por etapas.
Mas, enquanto jovem, provavelmente terá receio de não conseguir arranjar emprego na sua área de formação…
Tenho. Só posso dizer que vou esforçar-me e que toda a gente encontra obstáculos na vida. E o que nós precisamos de fazer é lidar com eles e tentar contorná-los. Se esse problema surgir, procurarei fazer alguma coisa, nem que seja procurar uma saída fora da minha área.
Ou fora do País?
Também, se for preciso.
Considera que o facto de ser filha de quem é a vai ajudar?
Não quero que isso esteja no caminho. Quero que olhem para mim e vejam o meu potencial, as minhas qualidades, e que me tratem como uma pessoa como as outras. A exposição pública vem por acréscimo. Sou filha de quem sou, mas não é por ter receio de exposição pública que devo parar de fazer isto. Vou tentar mostrar o meu valor. Não vim para uma agência de modelos a pensar que iam notar quem eu era, que era filha do primeiro-ministro. Vim para aqui porque queria tentar este caminho e não queria ser associada ao nome Passos Coelho. Mas era inevitável que viesse a saber-se, tenho consciência disso.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Daniel Mergulhão
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