Oceana Basílio vive uma fase feliz. Aos 35 anos, a atriz brilha na RTP. Longe dos estúdios e dos palcos, dedica o amor à filha, Francisca, e ao namorado, Abel Xavier, tentando sempre encontrar o equilíbrio. Apesar de feliz, Oceana confessa que gostaria de voltar a ser mãe, revelando também que ainda tem muitos sonhos para sonhar.
VIP – Recentemente, foi vista no papel de apresentadora para promover uma nova aplicação criada pela RTP. Como é que se sente nesse registo?
Oceana Basílio – Não é algo que esteja habituada a fazer. Tento dar o melhor e estar segura, sabendo que não sou apresentadora. Quando tenho tempo para estudar o que vou dizer, sinto-me mais confortável. Acho que as várias experiências, como em tudo na vida, fazem com que cada vez me sinta mais à vontade.
A apresentação não é uma novidade. Contudo, é uma área pouco explorada. Gostava de apostar mais nesta vertente da sua carreira?
Não posso dizer que nunca o farei, mas, neste momento, o meu trabalho e objetivos passam pela representação, que é o que realmente me preenche a alma.
Que balanço faz da sua Clara em Bem-Vindos a Beirais?
Só posso fazer um balanço positivo. Era uma personagem numa série que duraria três meses e já veio para ficar mais de um ano. É a misticidade de Bem-Vindos a Beirais. A Clara é uma personagem leve, muito descontraída, com várias mudanças de humor e com atitudes, muitas vezes, impulsivas, como uma adolescente. É uma personagem que vive através de todas as outras personagens da aldeia, dependendo muito das histórias e das outras personagens que ajudam a dar-lhe vida. Acredito que todas as personagens desta série têm sucesso pelo conjunto que é toda a aldeia.
E do projeto em si e da aposta da RTP neste tipo de formatos?
Acho que é um projeto nada pretensioso e que nos reporta para o interior de Portugal, contendo sempre uma parte mais fictícia, mas baseada em muitas histórias reais. O facto de ter uma linha contínua, mas cada episódio ter uma história fechada, faz com que não seja um projeto monótono, sendo que a ficção nacional é o produto que mais chega ao público. Acho muito bem que a RTP continue a apostar neste género de formatos. Serão muito bem-vindos à ficção nacional.
É exigente em relação ao seu trabalho?
Sou muito exigente, sem dúvida. Gosto de perceber muito bem tudo sobre a minha personagem e o seu percurso, odeio enganar-me no texto, por exemplo. Mas no resultado final, hoje, acho que sou menos crítica, pois quando acho que algo não ficou bem já não fico a pensar porque não fiz melhor, mas sim como, numa próxima vez, posso melhorar.
Passar muito tempo em gravações prejudica o lado familiar?
É óbvio que, por vezes, não estou tão presente quanto gostaria, mas existem outras profissões que requerem a mesma ausência. Hoje em dia, a maioria dos pais abdica de muito tempo com os filhos para lhes poder dar melhores condições. Felizmente, tenho tido sempre o apoio de pessoas de confiança e não abdico do meu tempo como mãe e educadora. A minha obrigação é manter o equilíbrio entre tudo e, felizmente, tenho conseguido. A prioridade é sempre a Francisca e o seu bem-estar para que seja uma pessoa de bem com a vida.
Como é que compensa essa “ausência” junto da sua filha, Francisca?
A única compensação é o tempo que estou com ela, ser a melhor mãe que sei e ter momentos de qualidade e produtivos, quer seja a estudar, brincar, passear, ou ver um filme.
Como é que a sua filha lida com a sua presença em televisão? É a sua primeira crítica?
Lida de uma forma muito natural porque faz, desde sempre, parte da sua vida. Sabe que é apenas uma profissão, com o mesmo valor de tantas outras, mas com uma exposição pública.
Como o ano vai no início, quais os maiores desafios profissionais que lhe podiam fazer para este ano?
Para já, uma grande parte do ano já está ocupada com Bem-Vindos a Beirais e outros projetos em cinema. O que vier a mais será o que tiver de vir. Tento não projetar muito as coisas e viver no presente.
Apresenta sempre uma imagem muito cuidada. É uma mulher vaidosa?
Não sou muito vaidosa, mas gosto de sentir-me bonita. Os 30 anos fizeram com que gostasse mais de mim, de cuidar de mim, de me mimar, voltar a fazer mais desporto e de me sentir bem. Gosto de mulheres bonitas no seu todo.
Tem rituais de beleza de que não abdique?
Ponho muito creme hidratante, um bom protetor solar e tento não usar maquilhagem quando não estou a trabalhar. Bebo muita água e faço desporto sempre que possível.
É vista como uma das mais belas e sensuais mulheres de Portugal. Revê-se nesse estatuto de sex symbol?
Não me revejo. No meu dia-a-dia não tenho muito tempo para sentir ou pensar isso, acho que existem mulheres lindíssimas. Mas não posso dizer que me é indiferente. Se me perguntarem isso, é óbvio que é agradável ouvir e que me sinto lisonjeada. Sou grata pelo meu físico, mas a beleza passa. Há que ter valores e carácter e, acima de tudo, é importante eu estar sempre bem comigo.
Neste momento tem a vida que sonhou? Está realizada?
A vida nunca está realizada com a minha idade. Se assim fosse, acho que perderia o encanto e o sentido. Ainda tenho muito por realizar e novos sonhos para sonhar.
Tem uma carreira de sucesso, é mãe e tem uma relação estável com Abel Xavier. Estes fatores são essenciais para que tudo corra bem?
Tentar encontrar o equilíbrio é sempre essencial para que tudo corra bem.
Gostava de ser mãe novamente?
Gostava, mas não penso nisso para já.
É complicado para uma atriz escolher a altura para ser mãe?
Acho que neste momento, em que a sociedade vive a uma velocidade arrebatadora e com a situação socioeconómica do País, é necessário pensar antes de se desejar, em quase todas as profissões. Mas continuo a acreditar que não há uma altura certa. Será quando tiver de ser.
Onde é que se imagina daqui a dois anos? O que terá acontecido até lá?
Não consigo imaginar-me. Espero poder ter o privilégio de viver daquilo que gosto de fazer e estar rodeada das pessoas que amo
Texto: Bruno Seruca ;Foto: Luís Baltazar
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