Aos sete meses de gravidez, Sara Esteves Cardoso e João Campos anseiam pelo momento em que vão ter nos braços o filho Vicente. A relações-públicas e o músico revelam que já têm quase tudo preparado para a chegada do primeiro filho e revelam-se prontos para as noites em claro e também para as “gargalhadas, dúvidas e certezas”.
VIP – Que balanço fazem destes sete meses de gravidez?
Sara Esteves Cardoso – O balanço não podia ser mais positivo, a chegada do Vicente só enalteceu a nossa união. Se já éramos felizes antes, abre-se um novo mundo de felicidade que, brevemente, será a três.
Tem tido muitos desejos? O João já teve de acordar a meio da noite para comprar algo?
SEC – Não. O único desejo que tive foi nectarinas, no início do gravidez. Mas, rapidamente, o João me fez ver que não era o tempo delas. Passei também o primeiro trimestre da gravidez com desejos de refeições que tivessem espinafres. Mais nada… Até tenho sido uma grávida pouco chata.
João Campos – De vez em quando, a Sara tem desejos de comer junk food, mas eu deixo.
O facto de ser a primeira gravidez faz com que tudo seja mágico ou o receio do desconhecido faz com que seja mais complicado saborear todos os momentos?
SEC – Obviamente que a chegada de um filho é o mais mágico acontecimento para duas pessoas que se amam. E a magia acontece sempre fora da nossa zona de conforto.
JC – Numa altura em que o mundo parece procurar um caminho, é claro que afeta a minha visão do futuro. Mas esse receio do desconhecido desvanece-se com a chegada de novas pessoas e, no nosso caso, de uma muito especial… a nossa!
SEC – A vida é sincera. Acredito que só nos oferece aquilo que estamos preparados para viver. E se o Vicente vem sem aviso prévio é porque tem muito para nos dar e ensinar. Essa é a magia do desconhecido.
Já revelaram que a gravidez não tinha sido planeada. Isso faz com que este momento tenha um encanto maior para vocês?
SEC – Para duas pessoas que têm espírito livre e não fazem planos, só poderia ter sido assim. Se isso tem mais encanto? Claro! Como dissemos antes, o desconhecido tem mais magia e isso serve para tudo na vida, até para o imprevisto.
Acreditam que é destino?
SEC – Eu acredito. Tenho a minha própria definição de destino, com mais ou menos peso semântico. Não basta olhar, tem de se saber ver, de se saber interpretar os sinais, acerca do que para nós está escrito nas estrelas. De certa forma, o universo conspira a nosso favor.
JC – Eu tenho dúvidas. Mas, apesar de ser muito racional, por vezes sou surpreendido com acontecimentos que fogem ao meu controlo. Fico extasiado com o que não conhecemos, como se sentíssemos uma força que nos empurra e força a tomar decisões e a fazer escolhas. Destino? Talvez. O caminho faz-se caminhando.
A escolha do nome foi imediata?
SEC – Cinco minutos de debate. Apesar de se ter desconfiado, no início da gravidez, de que seria menina. Também temos nome para menina, mas não dizemos. Vicente foi a escolha em homenagem ao meu pai, que se chama Miguel Vicente. Ambos gostamos do nome, portanto, foi fácil de decidir.
JC – Vicente quer dizer “vencedor”. Espero que vença, que seja íntegro, com carácter, livre e, acima de tudo, feliz. Esta é, para mim, a definição aparentemente simplista e cliché, de “vencedor”.
Está preparado para os primeiros meses de vida do Vicente? Para a mudança de fraldas e tudo mais?
JC – Estamos preparados para tudo. Fraldas, noites em claro, medos e gargalhadas, dúvidas e certezas. Somos uma equipa, agora a três. O que não soubermos, descobrimos.
As mulheres sentem a gravidez de forma diferente, pois o filho cresce dentro delas. Enquanto homem, como tem vivido o passar destes meses e o crescimento da barriga da Sara? O que mudou em si?
JC – Sentimos sempre as coisas de uma maneira exógena, estamos um pouco fora deste processo, mas apenas aparentemente. Somo cicerones de um percurso de gestação que implica muito apoio e acompanhamento. Sinto o Vicente cada vez mais gente. A Sara inclui-me, faz-me sentir, desde o primeiro dia, que faço parte de tudo o que lhes acontece e eu agradeço-lhe todos os dias esse amor e cuidado. Quero estar presente, estou presente. O que era a dois, passou a ser a três. Também engordei, por solidariedade, devido a um aumento considerável de refeições por dia, mas está tudo a valer a pena!
E o que mudou em si, Sara?
SEC – É lindo sentir que está a gerar-se uma vida dentro de nós. Mais bonito ainda é saber que essa vida é o prolongamento de outras duas. Acho que, nós, mulheres, somos mães muito antes do nascimento dos filhos, porque somos naturalmente condicionadas por um ser que depende de nós, na única forma de dependência verdadeiramente pura e bonita. Se se acredita que a alma pesa 21 gramas, o Vicente está cheio de alma. pois já pesa 1,500 kg.
Já têm tudo preparado para a chegada do Vicente?
SEC – Temos quase tudo preparado. Apaixonei-me por uma loja de crianças com sede em Braga, a Bambini, da qual sou embaixadora e que tornou real o quarto de sonho do nosso Vicente. Em relação ao parto, estou tranquila, pois estou nas mãos do meu médico, o Dr. Andrade Moniz, que também fez o parto da minha irmã Tristana, e dos excelentes serviços do Hospital dos Lusíadas, o que me deixa verdadeiramente tranquila. O resto, constrói-se.
Enquanto casal, o que mudou na vossa relação, com a gravidez?
JC – Acima de tudo, a logística. Mudámos de casa para estarmos todos mais confortáveis e cada um com o seu espaço. A gravidez fortaleceu a nossa relação, é um elo para a vida cheio de amor.
Já vislumbram o casamento? Faz parte dos vossos planos?
SEC – Quem sabe, um dia. Não é condição essencial, para esta fase das nossas vidas.
O seu pai, Miguel Esteves Cardoso, e Maria João Pinheiro têm travado um luta complicada, sempre apoiados numa linda história de amor. A notícia da chegada de mais uma criança à família foi recebida de forma especial, por tudo o que têm passado?
SEC – O meu pai está radiante. Mais um neto só pode ser uma excelente notícia quando se juntam amor e vida. A minha mãe não podia estar mais feliz.
É reconhecida por todos a forma peculiar que o seu pai tem de amar. Revê essa forma de amar na sua relação?
SEC – Acho que, finalmente, o meu pai aprendeu a ficar e a permitir-se amar, tal como eu. Fico feliz por nós porque a vida é isto: amar e ser amado. Já revelou o seu talento para a escrita.
Sente que a vossa história de amor e o nascimento do vosso filho são os ingredientes essenciais para um belo romance?
SEC – Tudo na vida é ingrediente para um romance. Como estou a escrever um, nesta altura, quem sabe para um próximo.
Enquanto músico, esta história de amor pode vir a resultar numa bela música?
JC – A história da música, dita contemporânea, está cheia de relatos de amor, dor, dúvida, alegria, tristeza e todas as manifestações da existência humana. Esta não foge à regra e poderá, facilmente, ser sentida em forma de sons, ritmos e frases. Vamos ver o que sai, um dia destes.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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