O lado desconhecido de Carolina Loureiro
«Sou um bocado fria por causa do meu pai»

Nacional

Carolina Loureiro, de 27 anos, recordou a infância no programa de Daniel Oliveira, na SIC, e, emocionada, falou sobre a relação «distante» que tem com o pai

Sáb, 07/09/2019 - 15:30

Carolina Loureiro esteve na tarde deste sábado, 7 de setembro, à conversa com Daniel Oliveira, no programa Alta Definição, da SIC. Nervosa e com a voz trémula, a atriz de 27 anos falou sobre arelação que tem com o pai.

A infância da protagonista de Nazaré, novela que se estreia esta segunda-feira na antena da estação de Paço de Arcos, deu o mote à conversa. A atriz era uma pequena Tarzan, disse a própria, uma verdadeira aventureira que dava «bastantes dores de cabeça» à mãe. Era esta que estava sempre presente, já que o pai, que vive atualmente em Cabo Verde, «viajava muito». «A minha mãe é que sofria mais comigo», afirma.

«Ela diz-me sempre que tem muito orgulho em mim e que me ama e o meu pai nunca me disse isso», começa por afirmar Carolina Loureiro. «Sempre estive habituada a que ele não estivesse presente e, por mais incrível que pareça, é a primeira pessoa a quem eu gosto de contar as minhas conquistas. Adoro contar à minha mãe, como é óbvio, mas sinto uma grande necessidade de contar ao meu pai: ‘consegui isto’», explica.

«Sempre tive uma relação um bocado distante com o meu pai»

A atriz revela que o progenitor nunca lhe disse ‘gosto muito de ti’. Acredita que é por isso que sente «tanta necessidade» de lhe contar o que a vida lhe tem proporcionado desde que se estreou em TV na série Morangos com Açúcar, em 2011: «É para algum dia ter essas palavras. Eu e o meu pai temos uma relação muito fria e eu sou um bocado fria também por causa dele», prossegue.

«Sempre tive uma relação um bocado distante com o meu pai. Houve uma altura em que nem sequer falávamos um com o outro», diz Carolina Loureiro, admitindo que, agora que «já» cresceu, consegue entender o que em criança e adolescente não percebia.

«Não tinha ferramentas emocionais»

Foi numa passagem de ano que «estava longe» que disse ao pai que «gostava dele». Foi a única vez. «Enviei uma mensagem igual para a minha mãe e para o meu e estava lá [escrito]… Nunca tinha dito», conta, com um sorriso nervoso.

Carolina Loureiro recorda ainda que tinha 19 anos quando os progenitores se divorciaram. «Não tinha ferramentas emocionais», frisa, para lidar com essa separação e «nunca» a «quis aceitar». Na época, já vivia em Lisboa e deixou os irmãos, em Pombal, onde nasceu, «a passar por tudo sozinhos». «Eu não queria pensar muito nas coisas, até ao dia em que me caiu a ficha… Foi horrível», desabafa.

«O tempo não cura. Faz com que se aceite, mas não se esquece», diz ainda a artista.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais

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