Nuno Lopes
Reage às acusações de violação: “Nunca terei medo de agir”

Nuno Lopes já reagiu às acusações de que foi alvo: violar e drogar uma realizadora há 17 anos em Nova Iorque. O ator deixou o comunicado nas suas redes sociais tanto em português como em inglês:

“Apesar de prezar desde sempre a minha vida pessoal e ter optado por proteger a minha privacidade ao máximo, neste caso tenho a maior vontade de vir a público esclarecer e contar a verdade sobre esta história. No entanto, e contra os meus instintos, fui veementemente instruído pelos meus advogados americanos a abster-me de revelar todos e quaisquer detalhes sobre o processo movido ontem em Nova Iorque, que contém alegações com 17 anos, do tempo em que eu era estudante de representação em N.Y. em 2006.”

Sem deixar claro nenhum detalhe escreveu apenas que recebei a carta em choque e que os advogados da realizadora lhe pediram ” que propusesse uma quantia monetária para este caso acabar, e um pedido de desculpas”, ao qual Nuno Lopes rejeitou.

Ainda no seguimento, escreveu: “Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam. Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos. Tenho o maior respeito e solidariedade por todas as vítimas de qualquer tipo de violência.” O ator português garantiu que está ciente das consequências gravíssimas que o caso representa, mas que está de consciência tranquila.

Por fim, rematou: “Não obstante quero deixar bem claro que refuto todas as acusações que me são feitas, que espero que este caso seja prontamente esclarecido e julgado justamente pelas autoridades competentes e que nunca terei medo de agir judicialmente.”

Nuno Lopes acusado de drogar e agredir sexualmente uma realizadora há 17 anos

O ator português Nuno Lopes, de 45 anos, foi acusado pela realizadora A.M Lukas, também conhecida como Anna Martemucci, de a ter drogado e agredido sexualmente. As alegações remontam ao Festival de Cinema de Tribeca de 2006, que teve lugar em Nova Iorque, onde tudo se terá passado, há 17 anos.

Segundo as notícias que abordam o caso, A. M Lukas refere, na acusação, que perdeu a consciência durante a noite, na manhã seguinte, ter-se-á apercebido do que aconteceu. A também guionista afirma lembrar-se de estar num quarto, enquanto Nuno Lopes lhe tocava, algo que terá, segundo a própria, culminado numa violação. A.M Lukas revelou ainda que, posteriormente, Nuno Lopes terá confirmado, via conversa telefónica, ter existido uma relação sexual. Ele que chamou um táxi para que Lukas deixasse o quarto.

A realizadora garante que os atos do ator português tiveram consequências, uma vez que garante ter sido foi diagnosticada com transtorno de stress pós-traumático e bipolaridade. Lukas revela ainda que depois da alegada agressão sexual começou a ter pensamento suicidas.

“Estamos inspirados pela coragem da nossa cliente em responsabilizar o senhor Lopes. Como temos visto repetidamente, a indústria cinematográfica deu repetidamente autorização a homens como o senhor Lopes para se envolverem em agressões sexuais sem consequências”, declararam, em comunicado, os advogados da guionista que exige uma “indemnização compensatória e punitiva”.

A ação judicial de Lukas foi apresentada sob a Lei dos Sobreviventes Adultos de Nova York, uma recente disposição legal que capacita sobreviventes de ofensas sexuais históricas procurar a justiça, contornando o prazo de prescrição. Lukas revela que o tempo não foi uma atenuante neste caso – lembre-se que tudo terá acontecido há 17 anos – antes pelo contrário. A guionista garante que estas memórias têm voltado a perturbá-la.

Texto: Tiago Miguel Simões e Maria Constança Castanheira; Fotos: Impala

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