Dália Madruga
“Nunca deixei que a doença controlasse a minha vida”

Famosos

Apresentadora revela como lida com a psoríase

Sex, 09/11/2012 - 0:00

Está completamente apaixonada. Pela primeira vez desde o fim da relação com Bernardo Sousa, Dália Madruga assume que namora e que está mais feliz que nunca. Ao lado do cavaleiro Marco Tenório Bastinhas, filho de Joaquim Bastinhas e neto do empresário Rui Nabeiro, a apresentadora, de 33 anos, está visivelmente feliz, tendo mesmo colocado no Facebook que percebeu porque é que, até agora, nenhuma relação tinha resultado antes. A propósito do Dia Mundial da Psoríase, doença autoimune que herdou do pai, fala do futuro, da maternidade, da relação com o filho, João, de cinco anos, e dos seus projetos de futuro.

VIP – Assumiu recentemente o namoro com Marcos Tenório Bastinhas. Como está a viver esta nova fase?
Dália Madruga – Estou feliz.

O avô do seu namorado, Rui Nabeiro, diz que a acha muito simpática e que não se importava nada que vocês casassem. Isso fá-la feliz?
Faz-me feliz sentir-me integrada na família da pessoa com quem estou.

Pensa nessa possibilidade?
Não comento.

Assume ficar chateada com os namorados que lhe inventam, a que acha que isso se deve?
Não faço ideia, mas isso não consome o meu dia-a-dia.

Porque a chateia tanto, pelo seu filho, o Joãozinho?
Pelo respeito que mereço, eu, a minha família, os meus amigos…

O João está numa fase engraçada?
O João tem cinco anos e parece-me que cresce demasiado rápido. É um grande companheiro, protetor e apaixonado pela mãe.

Que tipo de mãe é?
Sou uma mãe tranquila, que o deixa cair quando tem de cair, mas que está lá sempre para lhe enxugar as lágrimas. Sou uma mãe que quer acima de tudo que aproveite ser criança e que seja feliz.

Já admitiu que gostava de ter mais filhos. Os seus sobrinhos “reacenderam” a vontade?
Os meus sobrinhos vieram colmatar a falta que um bebé faz sempre, principalmente quando os nossos filhos começam a ficar crescidos.

Como é que eles estão?
Estão lindos, reguilas e são extremamente afetuosos e bem-dispostos. São bebés felizes!

A sua família é o seu pilar?
A minha irmã é tudo para mim, é tudo aquilo que a pessoa mais importante da nossa vida representa. É a minha melhor amiga, é a minha confidente. Está lá quando as coisas correm bem, mas principalmente quando correm mal, assim como os meus pais, alguns amigos… o meu mundinho não tem muita gente, mas os que fazem parte dele são precisos e imprescindíveis.

São uma ajuda preciosa para a ajudar com o João, sendo “mãe solteira” e trabalhadora?
Os meus pais e a minha irmã sempre foram um pilar na educação do João, assim como o pai dele.

O que gostava de fazer a nível profissional? Sente-se preenchida com os Cinco Sentidos?
Claro que sim, estive sete anos a fazer o Só Visto, o Cinco Sentidos tem apenas dois. Estou muito feliz na RTP e gostaria de continuar assim, mas não sei o futuro.

Teve algumas participações em séries. Gostava de ser atriz?
Já fiz séries, novelas e até cinema, mas não me considero atriz. Gosto de ser apresentadora.

Tem psoríase. Alguma vez prejudicou a sua profissão?
Quando era atriz tive uma vez um surto que impediu a minha personagem de usar saias, agora como apresentadora não sinto que me prejudique porque sou eu que escolho o que visto e consigo contornar essa situação. Há muita gente que suponho que nem sabe que tenho psoríase.

Quando descobriu que era portadora da doença?
Descobri por volta dos 14 anos, com uma simples mancha vermelha num joelho.

Como reagiu?
Reagi primeiro bem, porque o meu pai também tem e não me era um assunto estranho. Depois, como era uma altura em que eu estava a ficar menos maria-rapaz e queria usar saias, comecei a revoltar-me. Mas nunca deixei que a doença controlasse a minha vida.

Quais são as maiores dificuldades de ter psoríase?
Controlar o estado de espírito. A psoríase é uma doença que se manifesta sempre que ficamos mais nervosos ou ansiosos.

Como afeta o seu dia-a-dia?
Não afeta, porque a minha doença é controlada de três em três meses com uma vacina.

Iva Domingues e Cristina Alves são outras figuras públicas que convivem com a doença, já falou disso com elas?
A Iva já participou comigo noutras campanhas de sensibilização da Associação Portuguesa de Psoríase, por isso sei que também tem a doença. A Cristina não fazia ideia. Assim como outras figuras públicas que têm, mas não gostam de dar o seu testemunho. Eu não entendo, mas respeito.

Sente que as pessoas olham de forma insistente?
Isso sucede cada vez menos, até porque um dos objetivos da associação é tornar a doença conhecida e desmistificá-la.

Existe o medo de que seja uma doença contagiosa, apesar de não ser verdade. Como lida com isso?
Com tranquilidade e lutando sempre contra a ignorância.

Sendo uma doença genética, tinha medo de poder passá-la ao seu filho?
O medo existe sempre. Não gostaria que o meu filho tivesse psoríase, como não gostaria que tivesse qualquer outra doença.

Como lida com a possibilidade de depressão e baixa autoestima, referida nos estudos científicos?
No meu caso particular não existe essa possibilidade, porque lido bem com a doença. Sou eu que a tenho, não é ela que me tem a mim… mas preocupa-me que as pessoas não sejam acompanhadas de forma regular por um psicólogo ao mesmo tempo que por um dermatologista. Hoje em dia penso que a psoríase já esteja a ficar num patamar diferente. Existem em alguns hospitais consultas especializadas, porque tudo o que mexe com a autoestima mexe com o sistema nervoso, e a psoríase “alimenta-se” do sistema nervoso. 

Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Impala

Siga a Revista VIP no Instagram