Há três meses, a vida de Marco Horácio era notícia pelas piores razões. Apesar de, à data da entrevista intimista que concedeu a Daniel Oliveira, no Alta Definição, já se encontrar financeiramente reabilitado, o humorista fez revelações impressionantes. (Saiba mais aqui.)
«Nestes últimos quatro anos, passei por períodos muito difíceis, mas tive dois convites para a TVI e recusei. Tive um convite para ir para a RTP e recusei. [Recusei] porque uma coisa são as minhas dificuldades, outra coisa é aquilo que eu faço», afirmou, esta quinta-feira, dia 3 de janeiro, durante a apresentação da nova grelha da SIC. A VIP estava lá e captou todas as declarações.
«Recusei, mesmo precisando de dinheiro»
Apesar de reconhecer o período difícil em que se encontrava, Marco Horácio foi categórico nas justificações. «Vender a minha alma por dinheiro, isso eu não faço. Recusei, mesmo precisando de dinheiro, porque não me identificava e porque a minha mais-valia em televisão sempre foi a minha sinceridade. Sou incapaz de subir a um palco e sentir que aquilo que eu estou a fazer, estou a fazer por dinheiro», fundamentou.
«Sempre levei o humor muito a sério. Soube, desde o primeiro dia, que esta profissão tinha altos e baixos. Não podemos estar sempre em cima e, para mim, estar em cima é estar, essencialmente, bem comigo próprio. Recusei e hoje estou aqui a fazer aquilo que eu gosto. Se tivesse aceitado, se calhar não estava aqui a fazer isto. Sempre fui fiel a mim próprio e ao público».
Certo é que, nesta nova temporada da SIC, Daniel Oliveira não se esqueceu do amigo e convocou-o para apresentar o renovado Levanta-te e Ri, com regresso agendado já para o próximo domingo, dia 6 de janeiro. «Eu e o Daniel temos uma amizade de há muito tempo. Conheço o Daniel desde que ele estava na RTP. Com o meu feitio, sou incapaz de pedir seja o que for a alguém. Estou aqui, porque ele acredita em mim e porque acredita no meu trabalho», continua, agradecendo ao diretor de entretenimento da Impresa esta oportunidade.
«A vida é difícil para todos, todos nós temos momentos complicados, a forma como nos superamos a saímos deles é que nos define perante os outros. Portanto, saí muito mais tranquilo, muito mais maduro. Estou muito mais ciente daquilo que eu quero, ou não, fazer», sublinha, visivelmente grato por ter ultrapassado o grande desafio da sua vida.
«Gostava imenso de voltar a trabalhar com a Diana Chaves»
Dedicado de alma e coração ao regresso de Levanta-te e Ri, Marco adianta que não se fecha a novos projetos e relembra outros programas. «Temos uma série com o Rouxinol Faducho. Gostava imenso de voltar a trabalhar com a Diana Chaves. Já disse que, às vezes, preciso de boleia para casa (risos). Tenho muitas saudades de trabalhar com ela, é uma amiga de quem gosto muito», acrescentou, fazendo referência ao novo formato conduzido pela colega, O Carro do Amor.
Contudo, é no presente que se encontra focado. «É um prazer estar de volta à minha casa que sempre foi a SIC. Quinze anos depois, voltar a fazer o Levanta-te e Ri é sinal de que, de facto, tudo na vida é cíclico e é sinal de que, mais tarde ou mais cedo, este programa tinha de voltar», sublinhou, ainda. «Vamos começar uma vez por mês e depois logo se vê consoante a aceitação…» Fica, assim, por desvendar a duração do programa de humor, que estará na antena, até ordem em contrário.
Texto: Tânia Cabral com Ricardina Batista e Inês Fernandes
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