Com uma relação amorosa terminada recentemente, José Maria Tallon aproveita este verão para desfrutar em pleno da companhia dos seus filhos e para refletir sobre o que ambiciona para a sua vida sentimental. O médico, de 53 anos, nega que já tenha encontrado novamente o amor. Para já esse sentimento é apenas dedicado a Carminha, 27 anos, Pepe, 25, Eduardo, 19, Beatriz, 15, e Rafael, 13. Linda Evelin, a húngara de 19 anos que conquistou o coração do filho mais velho de Tallon, junta-se à família no Algarve.
VIP – Esteve em Granada de férias antes de vir ao Algarve.
José Maria Tallon – Fui ver a família. Estava uma temperatura fantástica, 40 graus. Estive com o meu irmão e com uma tia de 86 anos que é a última representante que fica daquela geração depois da morte do meu pai. Sempre que posso aproveito para estar com eles em casa do meu irmão com os meus sobrinhos e sobrinhos-netos.
Esta casa no Algarve é um refúgio?
Claramente. Tenho esta casa há cerca de 20 anos e foi aqui que tomei importantes decisões a nível profissional, mas também a nível pessoal, porque aqui estou relaxado e tranquilo. De Espanha há três coisas que me ficaram: o Real Madrid, o horário das refeições – que é sempre tarde – e a intensidade do céu azul da minha Andaluzia natal, que no Algarve é igual. O brilho do sol, do céu, dos verdes faz-me recordar a minha infância e as paisagens que via em pequeno. É uma das razões pelas quais eu gosto tanto de vir para cá. É aqui que encontro a tranquilidade e a energia para continuar.
No campo sentimental, neste momento está numa fase de reflexão?
Não. Já refleti (risos). Todos nós, quando chegamos a uma determinada idade, questionamo-nos: de onde venho, onde estou, para onde vou? E obviamente que penso na minha vida pessoal, qual é o caminho que gostava de seguir. A decisão de acabar com as minhas três últimas relações foram tomadas aqui: a Raquel, a Sofia e a Catarina. Aqui tenho tempo para pensar para onde vou.
E o que é que sonha e deseja?
É isso que vou pensar este verão. Neste momento apetece-me mais o convívio com os meus filhos, mas a médio ou longo prazo quero voltar a partilhar a minha vida com uma mulher.
É um eterno romântico?
Sou e serei toda a vida. Já dizia o meu pai: “Quem nasce assim nunca mais se endireita.” Acho que a vida foi desenhada para ser vivida a dois. Se não partilharmos as coisas boas, até com um amigo, a vida seria um pouco triste. E eu acho isso para tudo: uma viagem não é a mesma coisa em casal e ir sozinho. É verdade que se pode ir com os amigos, mas não é a mesma coisa. Eu idealizo a vida com romantismo, senão não me teria casado tantas vezes.
Mas fala-se que tem uma namorada nova e que estaria a passar férias consigo.
Li isso, mas só se for a minha empregada que está aqui. Selma, cuidado! [Grita para a empregada em tom de brincadeira]. Isso não é verdade. Penso que sei a quem se referem: é uma amiga minha com quem jantei duas ou três vezes, como jantei com outras pessoas. Neste momento não há mais nada, mas quando houver eu digo.
Mas quem é essa amiga de que fala?
Tenho jantado com várias pessoas. Essa pessoa de quem se fala é a minha médica dentista, é normal estar com ela, mas para já não há mais nada.
E acha que pode envolver-se?
Não sei. Nunca tive premonições nesse sentido, sei que quero encontrar uma pessoa que me dê estabilidade na minha vida. Isso não depende das características só dessa pessoa, depende dos dois. Com o passar dos anos precisamos sobretudo de alguém com quem remar para o mesmo sítio e ver ideais comuns.
A Raquel Broegas deu uma entrevista recente na qual dizia continuar a amá-lo.
Vi a entrevista. Nós continuamos a ser amigos. Sei que vai voltar a estudar Psicologia e fico feliz porque a pressionei tanto, mas a vida continua. Ela vai continuar a psicologia e eu com a minha vida.
E como é a sua relação com os seus filhos?
Sou muito pai-galinha, sou permissivo, mas gosto de saber onde estão. Quando saem à noite gosto que me mandem uma mensagem a dizer: “Pai chegámos; pai já estamos em casa; vou dormir na casa de um amigo”… Podem dizer-me que beberam uns copos a mais, mas que vão ficar a dormir no carro, não me choca, tenho é de saber.
Têm uma relação de grande confiança.
Sim, sou um pouco o confidente deles, mas sem deixar de ser o pai. Sou amigo deles e sou pai, mas quando tenho de tomar decisões de pai tomo-as e eles sabem. A educação deles não pode ser só mimos e carinhos, há que haver equilíbrio.
O Pepe está a passar férias com a namorada. Como lida com os namoros deles?
De alguma maneira é a sensação de que os vamos “perdendo”, mas por outro lado é a constatação que a vida não para e notamos mais quando vêm com as namoradas. Mas lido bem. O Eduardo também tem namorada.
Sente que a família começa a crescer?
Por agora espero que não cresça muito mais, que fique pelos namoros. Acho que não estou preparado para ser avô.
Não está?
Não estou. Nada mesmo. Ser avô acho que é um passo que nos torna mais velhos de repente. Se calhar depois sou daqueles que adora e só diz tontarias aos netos. Mas psicologicamente não estou ainda preparado, talvez por ter o Rafael e a Beatriz ainda bastante novos.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Bruno Peres; Produção: Manuel Medeiro
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