Meghan Markle está outra vez envolvida em polémica. Desta vez, a mulher do príncipe Harry está a ser acusada, por alguns acessores do Palácio de Buckingham, de continuar a utilizar o seu título real “fora do contexto” e para “fazer política.”
As declarações foram feitas em entrevista ao Daily Mirror e surgem dias depois de dois senadores republicanos dos Estados Unidos terem confessado que ficaram surpreendidos quando a duquesa de Sussex os contactou para lhes pedir que prestassem assistência às famílias norte-americanas, para que os pais e as mães pudessem conciliar trabalho e vida familiar de forma mais confortável.
“Para minha surpresa, A Meghan ligou-me na minha linha particular e apresentou-se como a duquesa de Sussex, o que é um pouco irónico (…) Fiquei feliz por falar com ela, mas estou mais interessada no que as pessoas no Maine pensam sobre férias pagas…”, confessou Susan Collins, senadora do Maine, estado norte-americano. Em declarações ao The New York Times, a senadora acrescentou: “Ele apenas disse que achava que a ajuda financeira era realmente importante e eu disse-lhe que havia muitas abordagens diferentes e que as pessoas estavam a trabalhar nisso.”
Shelley Moore Capito, senadora do estado de Virgínia, também foi alegadamente abordada por Meghan Markle para esclarecer questões políticas e administrativas, utilizando o seu título real para se identificar. Perante esta situação, um porta-voz da Casa Real britânica concedeu uma entrevista ao The Telegraph. “Como membro da família real, se usar o título, significa que ficará longe de questões políticas. Caso contrário, está a usá-lo fora do contexto e as pessoas questionarão as suas intenções. A família real não tem voz na política americana”, referiu, considerando que Meghan Markle devia manter-se “afastada” desse tipo de negociações. Já outro funcionário da Coroa considerou o comportamento da mulher de Harry “ultrajante.”
Recentemente, Meghan Markle escreveu uma carta aberta dirigida ao senador Chuck Schumer e à presidente da câmara Nancy Pelosi, em que aborda pormenores difíceis da sua infância, fala sobre os sacrifícios que as famílias fazem para conciliarem a vida profissional e pessoal e apela aos políticos estadunidenses para que reavaliem as políticas aplicadas às licenças de paternidade e de maternidade.
Esta carta aberta perturbou alguns dos senadores, que pediram à rainha Isabel II que destituísse Meghan Markle do seu título real. Enquanto isso, a defesa da duquesa de Sussex garante que a mulher do príncipe Harry agiu a título pessoal, enquanto cidadã comum.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reuters e D.R.
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