Susana Tomé estava grávida do segundo filho quando descobriu que tinha cancro da mama. Aceitou fazer uma mastectomia à mama direita, mas quando acordou da anestesia tinham-lhe retirado os dois seios, deixando-a com uma fisionomia desfigurada.
Foi no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, que Susana Tomé recordou a vida que tinha antes do alegado erro médico. «Sempre fui muito ativa, adorava aquilo que fazia. Era muito vaidosa e elegante», começa por contar. O pior dos diagnósticos chegou em plena gravidez, uma das fases mais bonitas e felizes da vida de uma mulher.
A jovem, que foi obrigada a retirar o silicone que tinha colocado anos antes, ultrapassou um período muito difícil e complicado e não esconde a emoção ao recordar tudo o que viveu. Susana fez seis ciclos de quimioterapia e 30 sessões de radioterapia. Mas o pior ainda estava para vir.
Susana acordou e não tinha as duas mamas
Seis anos depois do diagnóstico e recuperada do cancro, Susana decide reconstruir o peito. «Depois de muita guerra… Foram dois anos para decidir o que fazer. Deveria ter sido um procedimento normal… Para reconstruir uma mama, deveria ser submetida a uma mastectomia bilateral. Mas a mama esquerda não tinha absolutamente nada. Mas eu não queria aceitar, não tinha estrutura psicológica e tinha direito ao meu seio esquerdo, que estava normal», recorda aquela que assinou, em 2015, o primeiro consentimento informado para ser feita a mastectomia total, da qual decidiu desistir.
Pouco tempo depois assinou o segundo, que deveria ter sido considerado válido, a autorizar apenas a mastectomia à mama direita.
«Nunca percebi por que razão acordei sem os dois peitos. Mais tarde tive conhecimento, através do relatório do IGAS (Inspeção-Geral das Atividades em Saúde), que foi o próprio doutor que decidiu fazê-lo», relatou Susana.
Leia o testemunho completo de Susana Tomé aqui.
Siga a Revista VIP no Instagram