De volta a Portugal após uma temporada no Brasil, a atriz revela aquilo que mudou na sua vida após a morte do marido, Paulo Nuno Frazão, vítima de cancro
Qua, 15/02/2017 - 20:43
Marlene Barreto está de volta a Portugal após uma temporada no Brasil. Naquela que é a sua primeira entrevista após a morte do marido, Paulo Nuno Frazão, a atriz dá a conhecer a importância de tudo aquilo que viveu ao longo dos últimos meses. Marlene Barreto fala ainda da solidão, do receio que tinha de dar a conhecer a sua sensibilidade e do refúgio que é a escrita. E de uma coisa a atriz está convicta: “Está tudo certo” no seu futuro.
VIP – As oscilações entre dor e amor acabaram por ser, ainda que não procuradas para esse efeito, uma terapia?
Marlene Barreto – Acredito muito na energia. Acredito que, na minha vida, tudo acontece quando tem de acontecer. E no Brasil aconteceu tudo aquilo que não estava à espera que acontecesse. Antes de ir, pensei que no momento em que precisava de estar com pessoas, ia embora e ia isolar-me. Que raio de terapia era esta? Mas fui. Tudo aquilo de que tinha medo nunca aconteceu. Nunca fiquei sozinha. As pessoas iam aparecendo na minha vida. Certo dia, recebo uma mensagem da Joana Solnado a convidar-me para almoçar. A partir daí, descubro que já tinha conhecido a prima dela, a Inês. Por sua vez, conheci a Rita, uma pessoa que foi gigante para mim. E toda uma comunidade de brasileiros e portugueses.
E passou o seu aniversário no Brasil.
Sim. Foi um dia complicado e, ainda em Portugal, pensava que ia passar o aniversário sozinha. Acabou por ser o aniversário em que tive mais pessoas na mesa. E isto deixa-me a pensar nas coisas. Penso muito. Por exemplo, porque é que estas pessoas apareceram na minha vida? As perguntas levam-me a respostas que não são propriamente verbais. São respostas físicas através de ações.
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