Mariza recebeu, no dia 22 de janeiro deste ano, uma carta a pedir que cancelasse o concerto que tem agendado em Israel. O concerto estava marcado para dia 8 de fevereiro, mas foi adiado para 27 junho e a fadista já fez saber que não cancelará.
Apesar de várias organizações de defesa dos direitos do povo palestino lhe terem pedido que cancelasse o concerto, Mariza irá subir ao palco do Auditório Charles Brofman, em Tel Aviv, dentro de quatro meses. Contactada pelo Jornal de Notícias, a fadista explicou que “não fará declarações” sobre o assunto.
Foi no dia 22 de janeiro que o Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente (MPPM) publicou uma carta aberta na qual pedia a Mariza que não atuasse em Israel. A mesma carta terá sido enviada ao agente da artista que, segundo Vítor Pinto, porta-voz do MPPM, contou ao JN, não terá respondido.
“Não ignore as vozes que lhe chegam”, pede o MPPM
Na carta, o MPPM escreve: “A Mariza tem um enorme talento que lhe permite imprimir ao que canta um cunho singular. Com o talento chegou o natural reconhecimento público. E o reconhecimento público significa que largos milhões de pessoas seguem a sua carreira e procuram inspiração nas suas ações e palavras. Isso significa, então, uma responsabilidade acrescida para a artista, para a fadista”.
Após uma enumeração dos “massacres”, “violências quotidianas” e “políticas segregacionistas”, o MPPM pede à fadista: “Não ignore as vozes que lhe chegam e que cancele o concerto previsto para Israel”. Terminando: “Sabemos que não é uma posição fácil de tomar, face a pressões profissionais, face à sedução exercida por Israel, que quer fazer esquecer a natureza do seu regime de apartheid, mas é uma posição justa e ética”.
Pelo mundo são vários os artistas que já se recusaram a atuar em Israel. Roger Waters, dos Pink Floyd, Lauryn Hill, Elvis Costello, Björk ou U2 são alguns exemplos.
Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reprodução Instagram
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