Maria João Abreu é uma das protagonistas de uma série documental idealizada por António-Pedro Vasconcelos sobre a revista à portuguesa, género de teatro português que contribuiu para a sua popularidade nos anos 80. O programa, tornado público quase dois meses depois da morte da atriz, deverá ser transmitido pela RTP1 ainda no decorrer deste ano.
Isso mesmo conta uma fonte ligada ao projeto a uma publicação semanal, revelando que, quando foi convidada para participar no documentário, Maria João Abreu “não hesitou” em aceitar.
“Gravar um documentário sobre a revista à portuguesa, o género de que ela mais gostava e no qual conquistou primeiramente o carinho do público ao lado do José Raposo, era algo que ela não podia deixar de fazer. A Maria João tornou-se numa das mais populares artistas no teatro de revista e, ao lado do Zé – com quem chegou a ter uma produtora [Toca dos Raposos] –, esgotou salas. E agora foi como encerrar um ciclo na carreira sem se estar à espera”, explica a mesma fonte.
Foi precisamente com o ex-marido que a atriz dividiu o protagonismo desta documentário. Com ele e com o filho mais novo do ex-casal, Ricardo Raposo. Ainda segundo a TV Mais, Diogo Martins, Flávio Gil, Paula Sá e Sara Brás são outros nomes presentes neste projeto, realizado por Leandro Ferreira e Pedro Clérigo e gravado nos passados meses de janeiro e fevereiro, na Academia de Santo Amaro, em Lisboa.
Na série documental, avança ainda a mesma revista, Maria João Abreu deu voz a dois dos maiores êxitos musicais da revista à portuguesa, “O Cochicho” e “Lisboa à Noite”.
A atriz tinha 57 anos quando, a 13 de maio, sucumbiu a uma hemorragia provocada pelo rompimento de um dos dois aneurismas com que foi diagnosticada. Na altura, já não estava a gravar este projeto para a RTP1. Contudo, trabalho não lhe faltava, com a novela “A Serra” e a sitcom “Patrões Fora”, ambas da SIC.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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