Marco Paulo marcou gerações e deixou de luto um país com a sua partida, aos 79 anos, após uma longa batalha contra o cancro. Entre as histórias peculiares que contou, ficam duas ‘imagens de marca’: os caracóis e o passar o microfone de mão para mão.
Ao The Mag – By Flash, o artista revelou há dois anos tudo sobre o movimento do microfone: “Aconteceu. Ainda o faço hoje no meu programa. Significa que ainda não perdi o estilo. As pessoas achavam graça e também iam aos concertos para ver se eu deixava cair o microfone“.
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E acrescentou que o deixou cair algumas vezes: “Escorregou-me uma vez das mãos em Viseu, na Feira de São Mateus. E a outra foi num programa de televisão no Rio de Janeiro. Tinha ido ao Brasil e convidaram-me para ir ao programa do Flávio Cavalcanti, que era em direto para milhões de brasileiros. E o microfone cai-me no chão, escorrega-me das mãos. Fiquei muito atrapalhado e envergonhado a pensar que o Brasil inteiro ia dizer que o cantor português tinha deixado cair o microfone. Só que tive sorte porque o realizador era tão competente que, quando me cai o microfone, e até eu o apanhar, ele meteu a capa do meu disco no ecrã“.
O cabelo aos caracóis: permanente ou não?
Já sobre os caracóis, Marco Paulo garantiu que nunca fez uma permanente: “As pessoas digam o que quiserem. Nunca fiz uma permanente. Eu uma vez estava a fazer espectáculos no Porto e vivia em Vila Nova de Gaia e precisava de ir urgentemente ao Porto. Tomei um duche. Não me limpei à toalha. Abanei a cabeça… Não me penteei. E fui para a rua com a cabeça molhada porque estava com pressa.” E rematou: “E o cabelo, quando secou, ficou encaracolado. Há coisas estrambólicas (…) Quando cheguei a casa olhei para o espelho, vi os caracóis, ‘rebebéu’, ‘rebebéu’, e pensei que no outro dia de manhã aquilo desaparecia. Mas olhe, não desapareceu“.
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais
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