Marco Costa abriu o coração a Júlia Pinheiro para falar sobre o seu percurso pessoal e profissional e não deixou de recordar a relação com a ex-mulher, Vanessa Martins, que foi, para ele, “a pessoa mais importante” nesse mesmo percurso.
O famoso pasteleiro começou por revelar, no programa “Júlia”, da SIC, que foi a também empresária e bloguer quem lhe deu o empurrão necessário para abrir um negócio próprio, que tem como ex-líbris a famosa torta de laranja.
“O meu pai ensinou-me as receitas, mas, a certa altura, estava um pouco desacreditado naquilo que era a minha profissão… parecia que ser pasteleiro não tinha valor”, afirmou para depois elogiar a ex-mulher, de quem está separado há oito meses: “A Vanessa é a pessoa mais importante no meu percurso. Ela é que me ajudou a abrir a minha primeira fábrica. Andou comigo a bater à porta de restaurantes a ver quem é que queria comprar a minha torta”, revelou, adiantando que estiveram juntos durante sete anos.
Pai de Marco Costa foi preso à porta da escola
Emocionando-se diversas vezes ao longo da conversa, Marco começou por contar que cresceu com espaço e liberdade, mas não foi uma criança fácil. “Era bastante terrorista e preguei vários sustos à minha mãe”, admite, lembrando que o pior da separação dos pais foi o falatório dos colegas. “Ainda por cima, o meu pai foi preso à porta da escola”, revelou, sem se alongar no assunto. Episódio que o marcou, pois os encarreados de educação dos outros meninos não reagiram da melhor maneira.
A viver na altura com a mãe e a irmã, Marco Costa assumiu desde cedo o papel de homem da casa. “Com a minha família ninguém se mete”, sublinha. No entanto, mesmo com os pais separados, nunca perdeu o contacto com o progenitor.
“Sempre fui muito agarrado ao meu pai. Junto dele sentia-me o maior”, afirmou, referindo que mesmo já não estando juntos fisicamente, ele “lá em cima vai orientando o caminho todo”. E não tem dúvidas: “Se estou onde estou é porque o meu pai me deixou o mais importante: a minha profissão”. Aos 12 anos, o empresário começou a trabalhar com o pai – que era pasteleiro – numa fábrica.
“Não estava preparado para perder o meu professor”
A sua perda foi devastadora. “Foi talvez o momento mais difícil da minha vida. Ele tinha um espírito, uma garra… O meu pai é o meu ídolo. Se fosse metade do que ele foi, estaria muito mais longe, era muito melhor empresário, muito melhor pessoa… Não estava preparado para perder o meu professor, o meu melhor amigo”, assumiu Bastante emocionado, recordou algumas promessas já feitas quando o progenitor estava internado. “Coisas banais que não fizemos juntos, como visitar a sua terra, Santiago do Cacém”.
Desorientado, uma semana após a morte do pai, Marco Costa, então com 18 anos, foi trabalhar para Inglaterra. “Para acalmar a cabeça”. Passou uma fase muito solitária e foi obrigado a crescer. “Ainda hoje não gosto de estar sozinho. Sou viciado no trabalho porque não gosto de estar sozinho, faz-me lembrar os tempos em que fiquei sozinho em Inglaterra. Gosto de sentir o conforto dos meus amigos”, reconheceu o ex-concorrente da Casa dos Segredos, que foi surpreendido no programa com mensagens de Ricardo Quaresma e de Paulo Battista.
O preço da fama
Na entrevista, Júlia Pinheiro relembrou ainda o período em que participa no reality show e se torna conhecido do público. Momentos que lhe trouxeram a fama, algum deslumbramento e várias situações embaraçosas. “Foi assustador”, diz, lembrando o dia em que foi almoçar com a família a um shopping logo após ter saído do programa e esteve quatro horas para comer um hambúrguer. “Já nem comi”.
“Tudo o que ganhei rebentei em noitadas, amigos que pensava que eram amigos… o Marco pagava tudo”, referiu, ao mesmo tempo que admitiu ter ficado desiludido com algumas pessoas.
Questionado por Júlia Pinheiro sobre os sonhos que ainda tem por concretizar, Marco Costa volta a falar sobre o desejo da paternidade. “Ainda não aconteceu, há de acontecer, quando tiver de ser. Venha uma equipa de futebol, assim jogam todos”, brinca, para logo de seguida falar mais a sério: “A vida ensina-nos que não vale a pena fazer muitos planos, é quando tiver de ser”.
Sobre estar aberto a uma nova relação, Marco Costa foi peremtório: “Ainda é cedo. Neste momento quero focar-me no meu trabalho e nas famílias que estão às minhas costas”, concluiu.
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Redes sociais e reprodução SIC
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