Manuela Moura Guedes esteve neste sábado, dia 24, numa emissão especial do programa Dois às 10, com Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos, onde recordou uma das fases mais complicadas da sua vida.
Maria Botelho Moniz salientou, desde início, a coragem que marcou a carreira da pivô durante os vários anos em que esteve no pequeno ecrã e Cláudio Ramos referiu o peso que tem o nome da antiga pivô.
“As pessoas vêem-me como uma bruxa” afirmou, entre risos, Manuela Moura Guedes, mas Cláudio reforçou que a forma como as pessoas veem a jornalista como uma figura de credibilidade: “sempre ouvi lá em casa que ‘se a Manuela diz é porque é verdade’”.
Manuela recordou a fase em que se viu obrigada a afastar-se do jornalismo, em 2009: “Foi muito complicado sair do jornalismo, é algo que nem gosto muito de falar e uma coisa que nunca irei ultrapassar”. O sentimento de injustiça continua muito presente na vida de jornalista: “fiz o trabalho como acho que devia ser feito, e depois veio-se a confirmar que eu tinha razão”. Acrescentou que a redação para a qual trabalhava “era muito complicada e estava sempre do lado do poder”.
“Acabei com a minha carreira em nome das pessoas para quem eu trabalhava, do povo português”, referiu Manuela Moura Guedes, e não hesita em afirmar que hoje teria feito exatamente da mesma forma, mesmo sabendo o quanto iria custar-lhe.
Manuela Moura Guedes: “Deixou de haver muita paixão pelo jornalismo”
A paixão pela profissão ainda está presente, mas Manuela acredita que é algo que falta em muitos profissionais: “Acho que deixou de haver muita paixão pelo jornalismo. Esta não é uma profissão qualquer, é preciso gostar”. Segundo o que acredita a antiga pivô, as circunstâncias da profissão não são as melhores, nem grande parte dos profissionais: “Tenho muito pouco respeito por alguns colegas meus que se deixam vergar pelas circunstâncias”.
Questionada pelos apresentadores se havia perspetivas de regresso à televisão, Manuela respondeu que “É preciso as pessoas quererem-me para voltar, mas ninguém me quer. Ninguém me faz convites em lado nenhum. Desde que saí da TVI em 2009 nunca mais fiz jornalismo”.
Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: arquivo Impala.
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