Manuela Marle foi uma das convidadas de Cristina Ferreira na emissão desta quinta-feira, dia 30 de janeiro, d’O Programa da Cristina. A atriz, de 64 anos, abriu o coração para falar de uma situação traumática pela qual passou recentemente: Manuela Marle deu uma «queda parva» que a atirou para um cama de hospital, onde apanhou uma bactéria que a colocou em perigo de vida.
«Dei uma daquelas quedas parvas que damos e casa. Enfiei o pé no saco de ginástica , fraturei o colo do fémur. Fui operada. Correu muito bem. Ao fim de quatro dias vim para casa, mas três dias após estar em casa, quando acordei tinha o joelho do tamanho de uma meloa. Percebi logo o que era, sou filha de médico. Não havia nada que enganar, soube logo que era uma septicemia», começou por contar a Cristina Ferreira.
Manuela Marle regressou ao hospital, onde ficou isolada durante 24 dias. Quando chegou, foi operada de urgência e retiraram-lhe a rótula para descobrir qual seria a bactéria que estava a provocar a infeção. No entanto, os médicos não conseguiram detetá-la.
«Foi uma coisa parecida à do Ângelo [Rodrigues], mas mais grave, porque no meu caso não conseguiram ver qual era a bactéria. Eu já estava a tomar antibióticos por causa da primeira operação… Não conseguiram lá chegar. A única solução foi ficar isolada durante 24 dias no hospital, com antibiótico endovenoso com uns efeitos secundários horrorosos, desde vómitos, agonias, alucinações. Não era eu. Perdi 7kgs num mês», continuou a explicar.
«Falaram em amputação, mas sem o dizer diretamente»
Durante o período de isolamento, os níveis que indicam que a bactéria estava controlada estavam a baixar muito devagar. «Deram-me um largo espectro de antibióticos porque não conseguiam saber qual era a bactéria», disse, acrescentando: «Falaram em amputação, mas sem o dizer diretamente. E eu ai disse: “Não! Eu vou vencer isto!”»
A atriz confessou ainda que foi a «fé» e a «coragem» que a salvaram: «Eu tinha ali uma batalha: ou a bactéria me vencia, ou vencia-a eu. Conseguiu vencê-la cinco dias antes de me telefonarem. Eu disse que só vinha aqui se soubesse que a bactéria tinha negativado». «Estou aqui hoje porque estou livre. A bactéria não está adormecida, morreu mesmo, ao fim de cinco meses. A bactéria existiu durante um mês e meio», acrescentou.
Manuela Marle contou ainda que esta situação a aproximou mais dos filhos, David, de 40 anos, Guy, de 36, e Martim, de 28. No entanto, depois de sair do hospital, viveu momento verdadeiramente difíceis, uma vez que dependia muito da ajuda dos mesmos. Martim, o filho mais novo, chegou mesmo a ir viver com a mãe para tomar conta dela.
«Foi um horror. Ele tinha mesmo de fazer praticamente tudo porque não tinha força na perna. A perna morreu, a articulação não respondia, foram 40 dias sem a movimentar… No hospital não podia ter visitas, pensei em tudo. A primeira coisa que pensei foi: quero o meu advogado aqui e os meus três filhos. Tenho de passar tudo para eles caso não consiga sair desta. Chamei o meu advogado e doei o meu corpo à faculdade de medicina. A morte esteve muito presente, foi por isso que doei o meu corpo. E estou muito contente com essa atitude», revelou ainda.
No final da conversa com Cristina Ferreira, Manuela Marle fez questão de mencionar que se sente bem e mais «forte do que nunca»: «Agora depois da bactéria, estou mais forte do que nunca!»
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reprodução Instagram
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