Manuel Marques, de 44 anos, e a mulher, Ana Martins, inauguraram uma marca de roupa nesta quinta-feira, dia 23 de maio. Era um segredo muito bem guardado, até à data, mas agora que o objetivo é propagar o novo projeto, o casal está empenhado em mostrar ao mundo o que tanto se orgulha de ter contruído: uma linha de roupa, com uma confeção 100% nacional.
A VIP esteve na Fitting Room, a loja multi marcas que acolheu a proposta do irmão de Ana Marques, e falou com o casal sobre este conceito que já mora nos pensamentos dos dois há bastante tempo.
«Esta ideia surgiu há quase dois anos. A minha mulher, a Ana, sempre trabalhou em agências de publicidade e, às tantas, disse: ‘Caramba! Eu já criei tanta marca, por que é que não criarei eu a minha própria marca?’ E começamos a pensar no que nós poderíamos fazer», desvendou o ator.
Assim, começou por ser um sonho de Ana Martins que, rapidamente, tratou de colocar as ideias em prática. «Nós temos um país tão rico, de paisagem, de arquitetura, de histórias, começámos a pensar ‘por que é que não criamos uma marca inspirada em Portugal?’ E foi isso que aconteceu. Este foi o ponto de partida. Nós queríamos criar uma marca de roupa que tivesse a melhor indústria têxtil, o melhor algodão, as melhores estampagens e fomos ao norte à procura das melhores fábricas de confeção.»
A marca que pretende ser «um movimento artístico»
Foi desta forma que tudo se processou. «O que é facto é que quanto mais viajamos, nas marcas mais conhecidas, nós vemos made in Portugal. Por que é que não havemos nós de nós a nossa própria marca, que seja um statement, que nos dê orgulho em investir, que seja feito em Portugal, e que seja nosso, fabricado 100% em Portugal. E foi daí que partiu esta ideia, depois fomos buscar ilustradores, designers, isto, no fundo também é um movimento artístico».
«É um conceito dos dois, eu, se calhar, vou ficar mais na parte da lojistica, o Manuel tem outra profissão», admite a cunhada da apresentadora Ana Marques, referindo-se à veia humorística do ator que habitualmente está presente nos serões da RTP.
Manuel Marques corrobora esta perspetiva, mas faz questão de acompanhar a evolução da marca que agora também assina. «Eu sou sócio da marca, como eu tenho o curso de design e comunicação, a minha parte é mais de direção artística.»
Surgiu, assim, a Cotton City, um projeto a dois, delineado ao pormenor, mas que ainda não tem loja física. «Mas não vamos ter loja própria. Temos o site online e depois vamos estar na fitting room, em Lisboa e no Porto e na Portfólio, que é uma loja no aeroporto.» Porém, a ideia de ter um espaço exclusivo dedicado à marca não está completamente posta de lado.
«Se houver muita aceitação, se virmos que faz sentido, claro que sim. Gostavamos de pôr essa hipótese em cima da mesa», refere a empresária.
«Este é o nosso terceiro filho»
Assumidamente ambicioso, o casal pondera expandir o negócio. «Gostávamos de ir para o estrangeiro e ter uma Cotton Citty… Aliás, o nome presta-se também a isso. Cotton City Lisbon, pode ser também Cotton City Madrid, no futuro, pensando a longo prazo… Tentamos construir a marca de forma a que ela pudesse crescer.
Para já, a marca, que se assume unissexo, tem à disposição uma linha de tamanhos entre o XS e o XL e está, ainda numa fase muito inicial. «Podemos um dia ter uma linha infantil. Nunca se sabe… E também não ser só t-shirts, mas para já, começámos só pelas t-shirts. Vai crescendo…»
A VIP testemunhou o entusiasmo de Manuel Marques e Ana Martins na concretização do novo sonho, porém, o casal confidenciou-nos que, este ano, o verão será vivido de uma forma diferente. «Estamos tão dedicados à marca que este ano nem sequer vamos ter férias. Isto agora é o nosso terceiro filho e, depois de dois anos de tanto trabalho, temos perfeita noção que agora é que está a começar. Isto agora vai dar muito trabalho. E como dizia quem produz as nossas malhas: ‘vocês agora arranjaram uma nova profissão’.
Pais de duas meninas, Inês, de 12 anos, e Elisa, de três, que «estão maravilhosas», Manuel Marques e Ana Martins descartam, para já, a ideia de ter um terceiro filho. «Este [projeto] é o nosso terceiro filho. Agora é que definitivamente está fora de questão.»
Ana ainda hesita, e não descarta a ideia de voltar a passar pela experiência da materbidade, mas, neste exato momento sabe que há outras prioridades. «Tenho noção que agora vão ser tempos de muito trabalho, mas ainda não fecho a hipótese.»
«Para já não, vêm aí tempos de muito trabalho, lutar por esta marca que acreditamos que tem pernas para andar e agora é dedicarmo-nos a isto e também à minha profissão. Vou ter duas profissões, agora.», relembra o ator, não esquecendo o peso da responsabilidade.
Um segredo fechado a sete chaves
Com a vida profissional recheada de projetos que implicam uma dedicação constante, Manuel Marques fez questão de preservar a grande novidade até definir uma data para a anunciar.
«Isto manteve-se em segredo até há muito pouco tempo. Eu estive a fazer DDT e outros programas e ninguém sabia, mas, ao mesmo tempo, estava a trabalhar com a minha mulher nesta marca. Tivemos ali tempo de muito trabalho», volta a salientar.
Apesar de serem marido e mulher, essa condição não interferiu na produtividade do trabalho e nem houve choques de ideias, tal como ambos asseguram à VIP. «Tem sido muito engraçado, temo-nos dado muito bem, já temos 24 meses de propriedade para poder falar. Tem corrido muito bem, tem sido muito compensador, temos ideias muito parecidas, quando não temos debatemo-las e tentamos chegar a um consenso.»
«Estavámos um dia de férias e não sabíamos que nome havíamos de dar à marca e, de repente, a Ana diz, ‘olha, cotton city!’ e, a mim, apeteceu-me dar-lhe um beijo enorme, porque o nome é maravilhoso. Nós tivemos ali um bocadinho à volta com um nome que fosse internacional, que desse para desdobrar e aí começou tudo», finalizou o ator, muito feliz com o produto de que tanto se orgulha de, agora, poder apresentar.
Texto: Tânia Cabral; Fotos: Zito Colaço
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