Já foi há dois anos, a 22 de fevereiro de 2016, que Manuel Maria Carrilho empurrou e insultou o pedopsiquiatra que avaliou os seus dois filhos em tribunal (no âmbito de uma tentativa de regulação do poder parental de Dinis, de 14 anos, e Carlota, de sete, fruto do casamento com Bárbara Guimarães).
Entretanto, o ex-ministro veio pedir desculpas a Pedro Strecht pelo incidente. Numa declaração entregue na justiça a 9 de janeiro de 2017 e agora tornada pública, Carrilho justifica os seus erros alegando «pressão e descontrolo nervoso, por motivos da minha vida pessoal e familiar». E adianta que decidiu «espontaneamente« doar 1000 euros à FAMSER, uma associação apoiada ‘pro bono’ pelo conhecido pedopsiquiatra.
O médico aceitou o pedido e desistiu da queixa e do pedido de indeminização civil contra o ex-ministro. Justificou tal decisão alegando que Manuel Maria Carrilho fez uma «reparação condigna e pedido de desculpas pelo uso das expressões que lhe foram dirigidas pelo arguido». Expressões que reconhece como tendo sido proferidas por «negligência e desnorte no comportamento desabrido à saída da sala de audiência». O acordo foi assinado a 15 de janeiro.
No entanto, o Ministério Público não desistiu do crime público sobre o qual será lida a sentença no próximo dia 21 de fevereiro de 2018.
Fotos: Impala
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