Manuel Luís Goucha estreou-se há 40 anos como apresentador na televisão nacional. Mas os números não se ficam por aqui. O profissional da TVI tem uma carreira repleta de sucessos, entre eles os 31 anos consecutivos de programas no daytime e os vários acontecimentos mundiais que cobriu aos quais vai juntar a Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Lisboa entre 1 e 6 de agosto.
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A 3 e 4 de agosto, Manuel Luís Goucha fará duas emissões especiais do seu programa a partir do Parque Eduardo VII, para acompanhar a Jornada Mundial da juventude pela TVI. Ao final do dia, segue depois para a CNN Portugal onde estende o seu comentário à vinda do Papa Francisco. Ateu, o apresentador encara esta função do ponto de vista profissional da mesma maneira que “como republicano encarei os casamentos reais”, explica. Goucha lamenta não ter “a graça da fé. Invejo no sentido de quem tem”, esclarece. Mesmo assim é fascinado pela igreja. “Sou fascinado pelos bastidores do Vaticano” e ainda pela figura deste Papa. “Carrega mais de dois mil anos de cristianismo às costas” analisa dizendo que tem o mérito de puxar para o centro de discussão na igreja os temas ligados “às pessoas que ninguém liga.”
“Sou batizado mas sou ateu”
Tal como ele, Goucha não acredita que todas as pessoas que vão participar no evento religioso sejam católicas. “Estão previstas mais de um milhão de jovens, nem todos crentes. Este Papa apelou a todos que saíssem de casa e viessem celebrar a vida”, elogia. Sobre si, justifica mais uma vez: “Sou batizado mas sou ateu. Nem sequer sou agnóstico”, conta ressalvando que não nega nem aceita. “Não tenho provas da existência nem da não existência de Deus. Acredito que tenha havido um profeta que se tenha destacado”, conclui.
Leia a entrevista exclusiva de Manuel Luís Goucha na sua revista já nas bancas, onde aborda todos assuntos sem papas na língua
Texto: Luís Correia ([email protected])
Fotos: Arquivo Impala
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