Manuel Luís Goucha foi o convidado de honra de Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz na emissão desta terça-feira, 2 de março, do “Dois às 10”, da TVI. No decorrer na conversa, houve muitas gargalhadas e algumas confissões por parte do apresentador, de 66 anos.
O profissional lidera, atualmente, o formato “Goucha”, o programa vespertino da estação de Queluz de Baixo. As tardes já precisavam de maturidade? O apresentador acha que tudo tem muito “a ver com preparação em casa.” As grandes conversas que tem no novo formato, fazem com que confesse que lida sempre com o “limite ético”. “Tenho pudor à dor alheia, por isso não vou escaranfunchar mais do que aquilo que eu entendo que é o limite. Eu imponho esse limite”, revela.
E acrescenta: “Tenho de pensar que aquela pessoa, nem que seja por cinco minutos, é a pessoa mais importante da tua vida naquele momento.”
“O objetivo não pode ser a fama”
Manuel Luís Goucha é um dos nomes sonantes da apresentação em Portugal, mas não esconde que se deslumbrou. “Sim, no início. Porque de um momento para o outro passas a ser capas de revista”, começa por dizer. Esse deslumbramento aconteceu na altura dos “‘Momento de Glória’, há 28 anos”, na TVI.
Nessa fase, em que “ganhava muito bem” e sentiu muita “inveja” pelo projeto que tinha, Goucha acabou por ter uma das maiores lições da vida dele. “Eu não compito com ninguém. Compito comigo próprio. Naquela altura andava deslumbradíssimo. Mas depois puxou-me para a Terra o fracasso de críticas, fracasso de audiências…”, conta.
Aí, voltou à RTP1 para fazer as manhãs e aprendeu que “o objetivo não pode ser a fama”. “O que tens é de ser muito bom profissional e tens de te divertir”, realça
Manuel Luís é também conhecido por ter um “feitio exigente”, nas palavras de Cláudio Ramos. E o apresentador das tardes responde. “Sou exigente comigo próprio. Desafio-te a perguntar a alguém desta casa e da RTP… não há ninguém que tenha razão de queixa de mim”, garante.
“A minha grande qualidade é a curiosidade“
Com 66 anos, Manuel Luís garante que não tem medo do avançar da idade. Está a ter cuidado com a alimentação ao “fazer dieta”, mas não tem paciência “para exercício físico”.
“Tenho noção do fim, mas não me preocupa. A minha grande qualidade é a curiosidade. Tenho imensa curiosidade em morrer, seja aos 99 ou aos 100, mas tenho curiosidade (…). Claro que isto é idiota. Acredito que somos um produto da genética, por isso há um fim”, assegura.
Mas… “Quero lá saber do fim. Importa-me é viver cada dia, ser feliz”, garante.
“Gostava de ter fé, mas não tenho. Nós somos energia (…) A finitude, por enquanto, não me preocupa”, esclarece.
“Admiro-te muito como profissional“
Num momento mais intimista, Cláudio Ramos revelou que em tempos se sentiu triste com Goucha. “Fiquei melindrado contigo, já sabes..” “Foi um mal entendido”, responde Manuel Luís. “Foi uma espécie de desilusão”, dispara a cara das manhãs da TVI.
E acaba por “abrir o coração”. “Tu és, seguramente, venha quem vier, o melhor apresentador de day time. Gosto muito de ti e admiro-te muito como profissional”, diz.
E Goucha retribui os elogios. “Tu és um batalhador. És quase um sobrevivente. Depois arrumaram-te na gaveta da crónica social. O caminho não é a fama. Tu tens as componentes todas, é um prazer ver-te trabalhar. Cresceste como homem. Tenho-te muito respeito. És muito diferente de mim. Eu sou mais provocador do que rebelde”, diz a Cláudio.
Mas Maria Botelho Moniz não foi esquecida. “Sempre achei que eras um mulherão. É Júlia pinheiro em nova. Ela tem um mundo tão rico de coisas tão boas e menos boas, que fizeram dela uma mulher muito interessante”, realça.
E finaliza: “Vocês acrescentam à televisão.”
De realçar que durante a emissão, os apresentadores do “Dois às 10” ofereceram dois botões de punho que Goucha prometeu usar durante o vespertino desta terça-feira, 2 de março.
Texto: Andreia Costinha de Miranda; Fotos: D.R.
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