A notícia da morte de Isabel Wolmar, aos 86 anos, chegou pelas mãos de Júlio Isidro, no domingo, dia 21 de julho, e levou várias personalidades televisivas a prestar uma homenagem à antiga apresentadora da RTP. Manuel Luís Goucha, de 64 anos, que começou a sua carreira na estação pública, foi uma delas.
Numa mensagem sentida e comovente partilhada nas redes sociais, a estrela do entretenimento da TVI lamenta o desaparecimento de Isabel Wolmar partilhando uma fotografia sua, a preto e branco, na qual sobressai o sorriso da amiga. «Querida Isabel, é assim que me lembro de ti nas minhas mais longes memórias. Saudavas-nos de sorriso rasgado e num português imaculado no início de cada emissão, quando a tarde caía, e pela meia-noite, antes do Hino, voltavas para te despedires com um doce ‘até amanhã, se Deus quiser’, no teu caso por crença e não porque a beatice do regime assim o exigisse», recorda Manuel Luís Goucha.
«Bem que Ela [a morte] já te havia cirandado e mais do que uma vez»
O apresentador continua lembrando «a sua versatilidade continuamente provada». Além de apresentadora, Isabel Wolmar foi locutora de continuidade e, na área da apresentação, deu a cara por concursos, reportagens e «até pelo Festival da Canção, quando este fazia parar o país».
Sobre a influência que teve em si, o anfitrião do programa das manhãs da TVI revela: «Sem saberes semeavas, em mim, rapazelho, a vontade em querer fazer o mesmo. Falámos disto vezes sem conta, já eu era no ofício, como falámos do Teatro que amamos, das coisas da Vida… e da Morte que nunca te assustou. Bem que Ela já te havia cirandado e mais do que uma vez, contavas tu acerca das tuas experiências em ocasiões em que eras dada como perdida, falavas então de um lugar de tranquilidade onde te sentias em paz e sem dor.»
«Gostaria de acreditar te estejas a rir dos nossos disparates»
Goucha assume-se «triste» com a morte de Isabel Wolmar e termina a sua homenagem com a manifestação de uma vontade. «Gostaria de acreditar que aí do Alto de que falavas te estejas a rir dos nossos disparates, das novas oficiantes que comem sílabas ao português (‘tefone pa cá!’) e se acham as maiores, da vaidade quando se sobrepõe à vontade de fazer bem», pode ler-se numa mensagem em que ainda refere o nome de Manuela Paulino, também ela antiga locutora de televisão, já falecida, e mãe de Henrique e Nuno Feist.
«Se a encontrares, diz-lhe que os filhos Feist continuam a honrá-la através do enorme talento em que ela tanto acreditou. Diz-lhe que ela continua viva no meu coração e na minha memória. O mesmo vai acontecer contigo. Um beijo», remata o apresentador.
Texto: Dúlio Silva com Redação Win; Fotografias: Impala e reprodução redes sociais
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