Maniche, nome artístico de Nuno Ricardo de Oliveira Ribeiro, esteve este sábado, 18 de maio, à conversa com Fátima Lopes em Conta-me Como És e fez algumas confissões sobre o passado futebolístico e a infância marcada pela necessidade forçada de crescer para ajudar a família.
O jogador de futebol começou por recordar o passado em que era apenas um menino que dava uns toques na bola, num bairro típico de Lisboa. A persistência e o «pelo na venta» foram os pontos chave para que Maniche chegasse longe no mundo do futebol, passando pelos três grandes clubes nacionais e por outros no estrangeiro.
«Eu nunca pensei muito em dinheiro, nunca pensei em chegar muito longe. As coisas foram acontecendo», revela o jogador, confessando que uma das suas ambições sempre foi dar um melhor estilo de vida aos progenitores.
«Eu queria crescer ao mesmo tempo que as outras crianças»
Nuno Ribeiro não esconde a infância marcada pela vida humilde e princípios que os pais lhe passaram. Maniche refere que nunca nada lhe faltou, embora gostasse de ter vivido a infância que merecia, sem precisar de crescer para ajudar a família. «Eu sou pai dos meus pais. Cresci pela minha autoiniciativa. Eu queria crescer ao mesmo tempo que as outras crianças», afirma.
«Tenho os melhores pais do mundo. Eu e o meu irmão não nos podemos queixar, porque eles só não deram mais porque não podiam», acrescenta.
A inimizade Luís Filipe Vieira
Aos nove anos, Maniche foi jogar para o Sport Lisboa e Benfica. Foi lá que conheceu Arnaldo, o mister que lhe deu a alcunha de Maniche, e por quem diz ter um carinho e um sentimento de agradecimento muito grande . «Era o que mais trabalhava, o que mais corria, o mais disciplinado», revela o treinador de futebol.
Para Maniche a passagem pelo Benfica nem sempre foi um mar de rosas. Com a vida já feita, o jogador de futebol viu-se confrontado com um contrato em que uma chantagem o impedia de seguir o rumo esperado.
Por não aceitar mudar de empresário, como o Presidente do Sport Lisboa e Benfica – na altura já Luís Filipe Vieira – sugeriu, o jogador de futebol viu-se privado de treinar em equipa e de jogar. Maniche treinou à parte durante sete meses no Estádio Nacional. «Não podia sequer frequentar as instalações», conta.
Questionado sobre esse passado e as questões pendentes com Luís Filipe Vieira, Maniche refere apenas não ter qualquer desejo de resolver seja o que for, afirmando ainda que o Presidente «não é um ser humano, não é um amigo», como outrora considerou.
Discreto, frequenta uma licenciatura em Gestão
Maniche lançou uma biografia sobre a sua vida, onde fala sobre o seu percurso no mundo do futebol e revela «emoções e sentimentos» que guardava só para si.
«Eu sou muito discreto. Não gosto muito de dar nas vistas. Tento-me proteger a mim mesmo», termina. O jogador de futebol mencionou ainda estar, neste momento, a estudar e a tirar a licencitura em Gestão.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: DR e Reprodução Instagram
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