Os números são incríveis. Aos 25 anos, o cantor espanhol Pablo Alborán é um verdadeiro sucesso no mundo da música. Desde que lançou o primeiro single, em 2010, que é um absoluto recordista de vendas em Espanha. Em Portugal, já vendeu mais de 150 mil discos e por todo o Mundo mais de um milhão de álbuns. Foi nomeado oito vezes para os Grammy Latinos e tem mais de 5,6 milhões de seguidores nas redes sociais.
Em novembro, lançou o terceiro disco de originais, Terral, que entrou logo para o top de vendas português e que, em apenas dois meses, passou a ser Dupla Patina no país vizinho e Ouro noutros da América Latina. Pablo Alborán inicia este mês a tour de apresentação de Terral e não esqueceu o país que diz ser a sua segunda casa. A 23 de Maio, vai atuar no MEO Arena, em Lisboa, num concerto que promete ser memorável. Fique a conhecer melhor o artista…
VIP – Esteve recentemente em Portugal para um encontro com os fãs. Como foi a receção dos portugueses?
Pablo Alborán – Foi uma maravilha. Voltar a Portugal é sempre um grande prazer porque fazem-me sentir como em casa.
O álbum Terral, lançado em novembro, entrou diretamente para o 2.º lugar do top nacional de vendas. Imagino que esteja feliz com esta conquista…
Estou muito feliz porque voltaram a apostar nas minhas músicas. Sinto-me privilegiado por poder dedicar-me à minha paixão e por haver, ainda por cima, uma resposta tão positiva.
De onde veio a inspiração para Terral?
É um disco que fala de mim, da maneira como percebo o mundo em que vivo. Como entendo o amor, a amizade, os ciúmes, a paixão… são histórias que todos nós já vivemos. É um disco muito meu.
Consegue eleger a sua música preferida deste terceiro álbum de originais?
É muito difícil, seria como escolher um dos próprios filhos. Há uma canção favorita para cada momento.
Compôs uma música para Ricky Martin e canta com ele. Como foi a experiência?
Maravilhosa. Era um sonho cantar com um mestre como ele, que tem tanto ritmo a correr nas veias.
Diz que Portugal é a sua segunda casa. O que mais destaca no nosso País?
Destaco a cultura e liberdade musical. Portugal tem músicas por todos os cantos e isso é mágico. É um país muito inspirador e encanta-me a filosofia do seu povo, o respeito pela arte…
A 23 de maio, vai regressar a Portugal com um concerto no MEO Arena, em Lisboa. O que podem os seus fãs esperar desse espetáculo?
Será um concerto muito dinâmico, com muitas nuances, uma parte clássica e romântica, outra parte latina/bossanova e ainda uma outra parte rock. Com um novo som, mas muito mais pessoal do que antes, com uma forte ligação a Portugal.
Na memória de todos os portugueses está o dueto Perdóname com Carminho. Pondera voltar a cantar outro dueto com a fadista?
Esperemos que sim, pois adoraria repetir o dueto com a Carminho. Gosto muito dela, é como se fosse da minha família. Temos uma maneira muito parecida de ver a música e a vida.
O que sente quando canta Fado?
Canto algo parecido com Fado porque eu não sou fadista e respeito muito o género musical. Mas a verdade é que poder cantar o tema Saudades do Brasil em Portugal foi uma experiência única. O Fado é simplesmente sublime e elegante.
Já vendeu milhares de discos em Portugal e é um absoluto recordista de vendas em Espanha. Como é que um jovem de 25 anos lida com tanto sucesso?
Nunca esquecendo que tudo vem do trabalho, trabalho e mais trabalho. Nada cai do céu. Tanto eu como toda a equipa estamos conscientes disso, por isso nunca baixamos a guarda e continuamos a trabalhar sem parar, procurando criar sons e músicas novas, deixados levar pela emoção mas nunca pela ambição. O meu objetivo é poder viver da música com dignidade, até morrer.
Como é o Pablo Alborán quando não está a cantar?
Sou um rapaz muito tranquilo, muito relaxado. Gosto de calma, de estar na minha casa com a minha família e amigos, todos juntos. Gosto de cinema, de festas musicais e de fazer desporto.
Apesar de a música estar presente na sua vida desde pequenino, só em 2010 lançou o primeiro single. O que o levou a dar esse passo?
Comecei a preparar o primeiro disco muito novo, com 16 anos. Cinco anos depois estava na altura de o mostrar ao Mundo. Suponho que os astros estavam alinhados a meu favor. Os vídeos no Youtube dispararam em visualizações, as pessoas começaram a conhecer as minhas músicas apenas pela Internet e tudo começou a acontecer.
Quatro anos depois, ainda se sente nervoso antes de entrar em palco?
Está-se sempre nervoso. Tenho um respeito total e absoluto pelo público que paga a entrada para me ver e desfrutar daquele momento, esquecendo, por isso, os seus problemas pessoais.
O amor é um tema transversal aos seus três discos. Define-se como um homem romântico?
Mais do que romântico, sou sensível e muito, muito, muito, muito apaixonado. As emoções representam 90% da minha vida. Sem elas, não sou nada.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Jorge Firmino
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