Mafalda Matos foi a concorrente expulsa do Big Brother Famosos na gala deste domingo, 20 de março, com uns expressivos 83% dos votos dos portugueses. Depois de ter desabafado com os seguidores que “foi um privilégio poder falar sobre assuntos que realmente importam” e conectar-se com “pessoas maravilhosas”, a atriz esteve à conversa com Cláudio Ramos e Maria Botelho no Dois às 10, TVI, e fez o balanço sobre a sua participação no jogo.
Começando por dizer que precisa de férias, uma vez que, na sua opinião, um dia na casa equivale a uma semana cá fora, Mafalda Matos conta que se aproximou muito de Nuno Graciano, porque têm “gostos musicais parecidos” e com ele conseguia ter “conversas mais profundas”. Sobre a decisão de ter entrado no reality show do canal de Queluz, a explicação é simples: “É uma grande montra e um privilégio para falarmos sobre certos assuntos”.
“O coaching é bastante focado no presente”
Nesta altura, Cláudio Ramos diz-lhe que ela foi muito criticada cá fora por psicólogos, que alegavam que os seus rituais eram algo perigosos, pois abria ciclos/processos que não eram fechados. “Não sei em que momento se tem essa percepção. No entanto, ao contrário da Psicologia, que tenta puxar pelo passado para explicar o presente, o coaching é bastante focado no presente, nas atitudes do dia a dia, o que pudemos fazer nas nossas rotinas diárias…. coisas que não são do passado e do trauma”, explica Mafalda, adiantando que todos dentro do jogo “tiveram momentos de partilha muito bonitos e altamente enriquecedores”.
Mafalda Matos: “Não estava ali para competir, mas sim para cooperar”
E a atriz vai mais longe: “Eu não estava ali para competir, mas sim para cooperar. O que significa que eu não pretendia vencer o programa. O que me interessava era que as dinâmicas humanas fossem mais reais e que outros valores mais altos se levantassem, porque estamos numa época em que precisamos deles”. Confrontada por Cláudio Ramos com as críticas que alguns colegas lhe faziam pelas costas, a ex-concorrente do Big Brother Famosos diz desconhecer, mas afirma-se tranquila até porque sempre respeitou os colegas que não se sentiram tão à vontade com alguma atividade, exemplo do Bernardo Sousa ou da Tanya. “Isso é o que eu defendo: respeitarmos a diferença”.
Embora não tenham noção dos concorrentes que são mais populares cá fora, Mafalda Matos considera Marie e a Bruna Gomes como jogadoras fortes. Sobre a tiktoker, a atriz diz que tem imensa graça e é “super autêntica”, mas não é “tão naif” como possam alguns julgar. “Tem um imaginário lindo, é uma pessoa muito diferente e é uma mulher que tem muito para dar”.
Quanto à prova semanal que tanto deu que falar, uma vez que Mafalda desistiu de fazer a sua vez na bicicleta devido a fortes dores no joelho, a atriz contou que há seis anos lesionou-se e deixou de treinar. Quando começou a pedalar dentro da casa, sentiu novamente dores e foi assistida por uma equipa médica que lhe deu más notícias, embora tenha de fazer exames. “O diagnóstico não foi fácil”, contou Mafalda, ao adiantar que possivelmente terá de ser operada. Ainda assim, não contou aos colegas este desfecho. “Aqui vem o meu lado de altruísta. Decide não colocar o foco em cima de mim, de vítima… falei apenas com algumas pessoas”.
O balanço desta experiência é positivo. “Deu para crescer imenso. Não fui [para o programa] para falar da Mafalda Matos, mas de ferramentas de respiração e de rotinas diárias saudáveis”, sublinha, adiantando que a representação está guardada numa gaveta especial, aceitando trabalhos que possam passar alguma mensagem aos espectadores. “Entreter só por entreter já não consigo”.
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Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Redes sociais
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