Luís Filipe Vieira vai entregar imóveis em nome de empresas que estão no universo do filho Tiago para escapar à prisão domiciliária. O ex-presidente do Benfica foi esta quinta-feira notificado da decisão de Carlos Alexandre de não aceitar a caução inicial.
O juiz de instrução do processo ‘Cartão Vermelho’ alegou a volatilidade do valor das ações, que nesta altura estarão em alta devido ao interesse do norte-americano John Textor em comprar cerca de 25% da SAD benfiquista. Sem o pagamento da caução, a medida de coação não é alterada e Vieira continua obrigado a permanecer na sua habitação. O ex-presidente dos encarnados tinha apresentado uma caução conjunta com o filho Tiago: para além das ações do Benfica – avaliadas em mais de três milhões de euros –, dois imóveis – um avaliado em 1,2 milhões e outro em 400 mil euros.
Feitas as contas, e tendo em consideração que a caução de Tiago é de 600 mil euros, Vieira e os seus advogados entendem que a proposta apresentada supera os 4,5 milhões de euros, valor bem acima do total de ambas as cauções – 3,6 milhões de euros. “Vamos interpor recurso para o Tribunal de Relação e vai procurar-se outros bens que possam fazer cessar a obrigação de permanência na habitação”, afirmou o advogado Magalhães Silva. De acordo com o CM, a solução passa por recorrer a mais imóveis que pertencem ao filho. Descartada está a hipótese de pagar em numerário já que o dinheiro ficaria retido durante todo o processo, que pode arrastar-se durante anos.
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