Numa altura em que os Morangos com Açúcar estão de regresso à TVI, Lourenço Ortigão esteve à conversa com Rui Maria Pêgo e com Ana Martins, no podcast Era o que Faltava, da Rádio Comercial, e acabou por confessar que nunca procurou a carreira de ator e que a profissão não estava, de todo, nos seus planos.
«Tive sorte, e trabalhei muito enquanto ator também. Quando fui convidado para fazer os Morangos foi tudo uma coincidência, não estava nos planos. Encarei aquilo como um ano zero na minha vida. Estava na faculdade (a estudar Gestão), estava focado noutras coisas», começou por dizer.
«Encarei os Morangos como um ano sabático, não me levei muito a sério enquanto ator»
Agora com 30 anos, Lourenço Ortigão recorda aquela que foi a fase inicial da sua vida no meio artístico como um período em que não se levou «muito a sério». «Encarei os Morangos como um ano sabático, não me levei muito a sério enquanto ator. Levei a sério o projeto, mas não me achei, não me senti diferente por ser mais conhecido», explicou.
«Não disse a ninguém que estava a fazer os Morangos com Açúcar na altura. Os meus amigos e colegas da faculdade apanharam-me na televisão sem saber que eu estava a fazer aquilo. Calhou nas férias de verão ainda por cima, mas acho que correu bem. Obviamente que eu senti que tinha muitas fragilidades enquanto ator, não tinha formação absolutamente nenhuma, e, agora, vejo os Morangos que voltaram a passar (na TVI) e pronto, sofro», assumiu, entre risos. «Tinha 19, 20 anos.»
Já há cerca de 10 anos a trabalhar em televisão, quase sempre como protagonista nas novelas da TVI, o namorado de Kelly Bailey garante que não se deixa iludir pela fama e que, ainda hoje, se «esquece» que é figura pública.
«(Os Morangos) Foram a chave para dar uma certa leveza a uma coisa que não é assim tão fácil, que é de repente passarmos do anonimato a sermos conhecidos.»
«Vejo a minha vida muito mais do que o meu trabalho enquanto ator»
«Digo, com muita sinceridade, ainda hoje me surpreendo com as pessoas a pedirem-me fotografias na rua, com a maior das honestidades, não é um espanto mas, por exemplo, vou sair à rua, pedem-me uma foto, só aí é que me lembro que sou conhecido. Não vivo o meu dia-a-dia em função disso», afirma.
«Tenho encarado sempre a minha profissão de ator com muita seriedade mas, ao mesmo tempo, como um part-time. É muito instável. Nós trabalhamos muito muito muito e depois paramos. Isso a mim, nos primeiros anos, não me trazia estabilidade emocional. Por isso é que depois tentei ter outras vertentes. Vejo a minha vida muito mais do que o meu trabalho enquanto ator. É muito importante, mas não me define, tento que a minha vida seja muito mais do que isto», confessou.
Texto: Joana Dantas Rebelo, Fotos: Redes Sociais
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