Ljubomir Stanisic teve um dia atribulado esta quarta-feira, 2 de dezembro, e chegou mesmo a ser transportado para o hospital ao início da noite. No entanto, regressou para junto da Assembleia da República, em Lisboa, cerca de duas horas mais tarde. Em greve de fome há já sete dias, o chef revelou que assinou um termo de responsabilidade e abandonou a unidade de saúde antes de conhecer o resultado das análises que lhe fizeram. “Assinei o papel e voltei antes de o resultado das análises sair”, disse, já esta manhã, em entrevista à SIC Notícias.
O jugoslavo foi levado para o hospital depois de se ter sentido mal. “Tive uma quebra, o que é completamente normal depois de seis dias de greve de fome, sem ingerir um único grama de açúcar nem meter nada no organismo”, relatou o chef.
O alerta foi dado durante a tarde de ontem, quando tropeçou e teve dificuldade em levantar-se. “Eu achava que estava a sentir-me bem. Mediram-me os níveis de glicémia e estavam, de facto, muito baixos. Tinha dores no peito. Vieram dois médicos e levaram-me para o hospital”, prosseguiu.
“Irritei-me”, diz Ljubomir
As análises confirmaram o diagnóstico inicial: a glicémia estava “muito baixa”. “O coração estava bem. Apenas com as batidas um pouco exageradas por causa do stress. Temos recebido negas e eu irritei-me”, referiu ainda, lamentando não terem sido, até agora, recebidos pelo Governo.
Recorde-se que Ljubomir Stanisic, José Gouveia e João Sotto Mayor são os rostos mais visíveis do Movimento A Pão e Água, que pede ajuda para lidar com a crise instalada nos setores da restauração, hotelaria, comércio e cultura por causa da pandemia da covid-19. Reclamam não só pela falta de apoio do Governo a estas áreas como contra as medidas de restrição aplicadas, que põem em causa a sobrevivência dos negócios.
O percalço não atrapalhou a motivação do chef jugoslavo: “Claro que estou com forças para continuar. Estou firme e hirto”.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução SIC Notícias
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