Perdeu os pais cedo. Aos 47 anos, Liliana Campos já não tem o privilégio de conviver nem com o pai, nem com a mãe. A vida retirou-lhe isso… e janeiro é, para ela, um mês injusto. A mãe faleceu a 2 de janeiro de 2016, porém o pai partira muito antes, no mesmo mês, mas em 1997, e a saudade não passa…
«Pai!!! 22 anos sem o meu Querido Pai!!! Mais de metade da minha Vida!!! Faz-me tanta falta, que ninguém imagina!! Todas as decisões importantes da minha Vida, foram tomadas a pensar em que conselhos é que me daria!!!», começou por escrever, naquele que é um texto de homenagem que assinalada mais um aniversário da morte do progenitor.
Por isso, é tempo de recordar… «O Pai tinha sempre a solução para tudo, ou quase tudo… Foi com o Pai que aprendi a ver as notícias na televisão, a ouvir debates políticos e me viciei em programas desportivos.. Foi o Pai que me ensinou a ler o Expresso todos os sábados , quando tinha aquele tamanho XL. O Pai era a pessoa mais culta e inteligente que eu já conheci. Sabia tudo sobre tudo. Nunca nenhuma pergunta minha ficou sem resposta, para além de tudo o resto, principalmente das nossas conversas intermináveis pela noite dentro», elogia, a transbordar de orgulho. «As minhas amigas e as primas achavam que o Pai era muito cool, porque nos deu sempre toda a Liberdade. A única coisa que exigia, e que dizia ser a nossa obrigação era que estudássemos e tivéssemos boas notas para que o futuro nos sorrisse», lembra, ainda.
«Dizia que o maior desgosto que tinha na vida era ter uma filha do Benfica»
A perda já ocorreu há mais de duas décadas, mas continua a ser difícil superar para a apresentadora do programa Passadeira Vermelha. Ainda assim, são as boas memórias que a fazem exprimir-se de forma positiva. E, nas entrelinhas, há lugar para confidências. «Dizia que o maior desgosto que tinha na vida era ter uma filha do Benfica!!!», revelou, não escondendo o sportinguista ferrenho que o pai era. «No entanto, sempre fui a menina do Papá, desde que nasci, até o Pai partir… e partiu de repente! Sem tempo de eu poder agradecer, de dizer o quanto o Amava. Sem tempo de me despedir…», lamentou, dirigindo o discurso ao pai.
«As saudades são muitas»
As últimas palavras são as mais difíceis. Liliana Campos, num registo profundamente emotivo, recorda o nome carinhoso que o pai costumava pronunciar. «As saudades são muitas e dava tudo para voltar a sentir o seu abraço forte, de um Homem Grande… e de um Grande Homem com um Coração Enorme … e de voltar ouvir chamar ‘Pinguças’… ou ‘Palhuça… vem aqui para ao pé do Pai’», assume. «Janeiro é um mês de emoções fortes. Há muitas datas felizes e outras bem tristes que marcam este mês na minha Vida…»
A reflexão da apresentadora chegou ao fim, mas reticências deixam antever que haveria tanto por contar.
Texto: Tânia Cabral; Fotos: Instagram
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