Cláudio Ramos saiu recentemente da SIC e mudou-se para a TVI, onde vai abraçar o desafio de ser o apresentador na nova edição do reality show Big Brother. O apresentador deixou para trás o programa Passadeira Vermelha e a sua ex-colega e amiga Liliana Campos, que esteve presente no Seat Snow Trip, evento que juntou um grupo de figuras públicas, na estância Vallnord, em Andorra, conta à VIP que não teme que a mudança de Cláudio Ramos vá «fazer grandes mossas à SIC.»
A saída do Cláudio Ramos da SIC e do Passadeira Vermelha foi inesperada. Como reagiu?
Eu vou ser muito sincera, pode ter sido inesperado para muitas pessoas, para mim não foi. Sabia que, mais dia menos dia, o Cláudio poderia fazer esta mudança na vida dele. Não que ele me tenha dito, porque, como ele disse, guardou. Percebi que uma coisa destas podia acontecer, porque o Cláudio demonstrava que tinha o sonho de abraçar outros projetos, nunca foi segredo para ninguém. Com estas mudanças e com tudo o que está a acontecer no meio televisivo, para mim, fazia algum sentido que a TVI lhe fizesse o convite. É uma estação que apresenta muitos reality shows. O Cláudio nunca escondeu que é fascinado com reality shows, participou num. Está muito por dentro daquela dinâmica. Acho que é muito bom para ele, como amiga estou muito feliz por ele, como apresentadora de um programa em que ele era uma peça chave… bom, o Passadeira vive muito do facto dos comentadores serem bastante transversais, temos um grupo de comentadores que corresponde perfeitamente. O Cláudio esteve desde o inicio, era uma peça chave, mas todos os outros têm muito para dar. Se formos ver os programas de maior audiência, acho que nos quatro primeiros, o Cláudio só está num. É uma pessoa que o público gosta muito, eu também gosto muito de trabalhar com ele… É fácil para mim trabalhar com ele. Agora, acho que o Passadeira é um programa que se tem reinventado, continua a ganhar, cada vez a ter mais espectadores, tem que se reinventar um bocadinho e isto também é bom para nós.
Vão contratar novos comentadores?
Essa decisão é a direção que tem de a tomar. Não nos foi transmitido nada. Claro que sim, tem de vir até pela rotatividade, todos eles têm outras coisas para fazer. Está a ser tudo pensado , não vão ser tomadas medidas só porque sim. Prefiro que seja uma decisão ponderada. Não estou receosa. Para nós, é bom este desafio. Temos imensa capacidade de nos reinventar, como mostramos sempre. Há seis anos que estamos no ar e a crescer, continua a ser um desafio.
«Desejo a maior sorte ao Cláudio, mas não temo que o Big Brother faça grandes mossas na SIC»
Teme a mudança do Cláudio para a TVI?
Não. Desejo a maior sorte ao Cláudio, mas não temo nada que o Big Brother venha fazer grandes mossas na SIC. Há o facto surpresa, que é bastante importante no inicio, as pessoas vão querer ver, mas nós temos as manhãs, estão muito fortes e deixam os outros canais muito aquém. Temos a informação, que continua a ser a melhor em Portugal, e a nossa ficção que está cada vez melhor. As audiências revelam isso. De certeza que está tudo a ser muito bem pensado pelo Daniel Oliveira e pelos diretores. Claro que há sempre um público que é fiel ao Big Brother, mas também não sei se é o público da SIC que vai ver esse programa.
Que outros desafios gostava de abraçar a nível profissional?
Eu gostava de ter a oportunidade de fazer coisas diferentes, mas não posso estar a ansiar por uma coisa que me viesse tirar daquele que é, nesta altura, meu amor maior, que é o Passadeira Vermelha. Sou muito grata por estar neste canal e neste programa desde o minuto zero, e nós estamos numa fase de crescimento ainda, não estagnamos. Estamos a angariar muitos espectadores. Há 15 dias conseguimos um “resultadão” a este nível. Tenho de agradecer, de qualquer das formas , à direção da SIC Caras, que sempre que há coisas pontuais, mas desafios novos, contam comigo e chamam-me. Mas, diariamente, há um desafio que vi nascer e pelo qual tenho um carinho e enquanto continuar a produzir esta felicidade de ir trabalhar é bom sinal. Claro que queremos sempre mais, no entanto não posso dizer que não estou feliz ali, porque estou.
A televisão é um sonho desde criança?
Tinha brincadeiras em criança com os meus primos em que pegava no microfone e gravador e fazia entrevistas. Quando estava a estudar, a televisão não fazia parte dos meus projetos, mas, entretanto, surge a oportunidade de ir assistir a um programa, desse programa chamam-me para fazer um teste de imagem e fiquei logo lá. Nunca mais quis deixar. Foi inesperado, mas ganhei uma enorme paixão. Nasci e cresci como profissional dentro da SIC, passei de miúda para mulher, tive sempre o privilégio de fazer aquilo que gostava. Claro que todos nos temos altos e baixos e passei por momentos em que equacionei tudo, por travessias do deserto, mas entrava dentro da SIC e só entrar já era algo bom. Enquanto tiver esses sentimentos, quero continuar. Sinto-me grata por estar a viver estes momentos. Aquilo que deve ser mais horrível para uma pessoa é levantar-se de manhã e ir trabalhar para um sítio que não lhe diz nada. Tenho um carinho muito especial e um orgulho em ser da SIC. Agora estamos a passar uma fase muito muito boa, mas também já passamos uma fase muito má. É isso que nos torna mais fortes.
Agora são líderes de audiências
É muito bom. A competitividade é boa, mas estar a ganhar é melhor. A primeira mudança que o Daniel Oliveira fez quando chegou à direção da SIC foi colocar o Passadeira Vermelha no late night, e começou logo a ter bons resultados. Percebeu que aquilo era um programa que poderia perfeitamente estar num canal generalista. O facto de estar a liderar quase há um ano é muito bom.
«A Cristina é uma máquina»
Já agradeceu à Cristina Ferreira por esta reviravolta televisiva ?
A Cristina é uma máquina, é uma mulher com uma garra incrível, ela é um factor determinante para as mudanças no panorama televisivo. É uma marca poderosíssima, é uma mulher muito inteligente. Eu ainda não lhe agradeci, mas posso agradecer. Não tenho dúvida de que o “fator Cristina” foi determinante e que mexeu connosco. Como também mexeu com a TVI, que ficou muito sem saber o que havia de fazer e a SIC aproveitou a oportunidade.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Nuno Moreira
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