Leonor Poeiras revela que vai avançar judicialmente contra a TVI depois de, ao fim de 17 anos ao serviço da estação de Queluz de Baixo, ter sido “dispensada”.
A revelação foi feita na manhã deste domingo, 8 de novembro, durante um direto realizado na sua página de Instagram.
“Posso-vos dizer que durante este verão e até por várias razões…pela TVI e tudo…fiquei com imensas dúvidas sobre os meus direitos e fui estudar. Fui procurar um advogado, Dr. Garcia Pereira, e, obviamente, tive uma conversa com ele muito longa sobre o direito do trabalho em que descobri muitas coisas e decidimos em conjunto avançar judicialmente”, contou a comunicadora aos seus seguidores.
“Soube pelas Redes sociais”
Ora foi justamente através das redes sociais que Leonor Poeiras descobriu que não mais seria o rosto do último programa pela qual deu a cara na TVI “Cabelo Pantene – O Sonho“, cuja última edição foi apresentada por Luís Borges e Ana Sofia Martins. “Soube pelas redes sociais que tinha sido dispensada do programa”, contou ao site Holofote.
Nessa mesma conversa, a apresentadora disse ainda que passou a ser chamada apenas para substituir Fátima Lopes no programa “A Tarde é Sua“, convite esse que declinou. Presença assídua pelas romarias de norte a sul do país, no “Somos Portugal“, a sua ausência também se fez sentir, desta feita por um motivo de saúde. Isto porque Leonor Poeiras sofre de um problema de audição que a impede de estar exposta ao ruído demasiado elevado. “Não desapareci por causa disso, eu posso trabalhar…”, afiançou.
Sem a possibilidade de integrar os últimos dois programas referidos, estava claro para a comunicadora o fim da sua relação com TVI. “Dispensaram-me a partir do momento em que me tiram do programa e eu sei disso pelas redes sociais. Cresceu em mim um sentimento que nunca tinha experienciado. Passei a ser completamente ignorada e sofro. Passou a ser como os meus seguidores me diziam: ‘Então, só a chamam para tapar o buraco?'”, explicou.
As fortes suspeitas foram entretanto confirmadas pelo atual Diretor-Geral da Estação de Queluz de Baixo, Nuno Santos. “A partir do momento em que o Nuno Santos me diz, no final de maio: ‘És livre para procurar trabalho noutro sitio’… Eu nunca ouvi isto antes. A TVI sempre me tratou com a maior consideração e profissionalismo. Fiquei revoltada e chocada com isto”, confidenciou Poeiras.
“Tínhamos outras coisas para lhe dar”
A estação de Queluz de Baixo acabou por reagir com uma versão diferente dos factos. Em declarações à Maria, Helena Forjaz, na altura Diretora de Comunicação da Media Capital, afirmou que existiam outros projetos reservados para Leonor Poeiras, reforçando ainda que a apresentadora “não tinha vínculo contratual com a TVI” e que, por isso, “não pode ter sido despedida”. “Nós tínhamos outras coisas para lhe dar, mas ela não estava disponível para os projetos que tínhamos para ela”, alegou a responsável.
Leonor desmente TVI
Na sequência das declarações do canal do grupo pertencente à Media Capital, Leonor Poeiras viu-se “obrigada a esclarecer” publicamente a situação. “Fora a Emissão Especial COVID-19 e as substituições no programa A Tarde É Sua”, a apresentadora diz rer recebido “apenas uma única solicitação de trabalho”, tratando-se do “Somos Portugal”. “Ora, por questões de saúde, este é um programa que infelizmente tive de deixar de fazer em dezembro do ano passado, como já é do conhecimento público. Por isso, nesse mesmo telefonema, perplexa, voltei a explicar novamente por que razão não o poderia apresentar. Nunca poderia aceitar, a TVI sabia disso. Eu e o meu advogado, o Doutor Garcia Pereira, consideramos, por isso, que foi uma não proposta”, explicou na altura.
Para a sua participação no programa “Somos Portugal”, Leonor Poeiras revelou ainda que viu o seu cachê reduzido para metade. “Além de tudo, e ainda nesse telefonema, informaram-me que o cachê previsto para mim era 50% do cachê habitual (que durante nove anos e meio recebi por cada programa). Mais tarde confirmei e, das três apresentadoras chamadas [Mónica Jardim, Isabel Silva e Alice Alves], eu fui a única a quem ofereceram metade do cachê. Lamentável ter que escrever estes pormenores, não é?… Uma situação inenarrável. Enfim…”, lamentou.
Texto: Alexandre Oliveira Vaz; Fotos: Redes sociais
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