Lena Coelho esteve, na tarde de quarta-feira, dia 14 de julho, no “Goucha”, esporadicamente apresentado por Nuno Eiró, para recordar a época das Doce, “girls band” portuguesa da qual fez parte ao lado de Fátima Padinha, Teresa Miguel e Laura Diogo. A conversa tocou num período negro: aquele em que optou por fazer abortos para poder permanecer no grupo musical dos anos 1980.
Já em 2010, Lena Coelho tinha contado a amargura que viveu. “Eu não fiz um, mas três abortos por causa das Doce“, revelou, nessa altura. “Nunca os fiz de ânimo leve. Um aborto marca sempre. Eu sofri muito e por isso não gosto de recordá-los. (…). “Foi um preço alto, mas valeu a pena. Fiz o que tinha a fazer. Não vale a pena chorar sobre leite derramado. Eu sempre fui uma pessoa muito bem resolvida com a vida e nunca me fiz de vítima”, completou.
“Tenho uma família fantástica”
Trinta anos depois desse período negro, a artista é “mãe e dona de casa”: “Tenho uma família fantástica. Os filhos, que adoro. Um marido maravilhoso. Estou rodeada de gente boa. Vivo no campo. Afastei-me de tudo e sou uma mulher feliz”.
O filme “Bem Bom”, que relata o fenómeno das Doce no final dos anos 1970 e anos 1980, chega esta quarta-feira às salas de cinema nacionais. Trata-se de uma realização de Patrícia Sequeira, com Bárbara Branco, Carolina Carvalho, Ana Marta Ferreira e Lia Carvalho nos principais papéis.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: TVI e Reprodução Instagram
Siga a Revista VIP no Instagram