Em entrevista ao Alta Definição, Leandro recordou a infância difícil no bairro onde cresceu, em Chelas, Lisboa.
«No bairro aprendemos a viver. Cheguei a assistir a conflitos entre famílias em que tínhamos de nos esconder com medo de que nos acontecesse algo de mal a nós. Num minuto aquilo transformava-se num campo de guerra», declarou.
«Um dia entraram em tiroteio. Todos tinham receio, as mães tinham de estar muito atentas. Até no café. Estavam muito bem no café e desatinavam uns com os outros e aquilo virava um campo de guerra», acrescentou, continuando:
«De repente estávamos envolvidos numa guerra de adultos, sem sabermos do que é que se tratava ou como chegar a casa. Corríamos por trás do carros e ficávamos fechados em casa. Graças a Deus nunca correu mal, mas podia ter corrido».
Apesar de ter mudado de vida, Leandro faz questão de continuar a visitar a família. «Os meus irmãos ainda vivem lá, às vezes estou lá com os meus amigos», contou.
Visivelmente emocionado, Leandro recordou também a avó, que foi um dos pilares mais importantes da sua vida. «O amor que existia entre mim e a minha avó é um amor que jamais existirá na minha vida».
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Fotos: Impala
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