"Quando nos encontrámos pela primeira vez reconhecemo-nos. Mas na altura não podíamos ficar juntos", diz Paula Castelar. O casal teve de esperar 18 anos para finalmente se unir. Por isso, ambos acreditam que "estava escrito" que fosse em que altura fosse se iam reencontrar. Porque "há coisas que têm mesmo de acontecer". Laurent Filipe e a locutora estão casados há seis anos e contam à VIP que o segredo para a felicidade é ter… sentido de humor.
VIP – Têm uma linda história de amor. Como é que tudo começou?
Paula Castelar – O Laurent já disse uma vez que o nosso amor é um caso de reencarnação. Quando nos encontrámos a primeira vez reconhecemo-nos. Eu acho que ele tem razão. Foi isso que aconteceu. Mas há 18 anos, quando nos encontrámos, não era a hora para estarmos juntos. Mas estava escrito que íamos ficar juntos e que nos íamos reencontrar mais tarde. Acredito que há coisas que têm mesmo de acontecer.
E quais são as características do Laurent que a mantém apaixonada?
PC – A primeira é que ele é um rapaz jeitoso (risos). O Laurent é uma pessoa generosa. Depois é uma pessoa com quem se pode contar, porque se precisamos dele ele está lá. Tem também imenso sentido de humor e nós fartamo-nos de rir.
Laurent Filipe – Eu gosto na Paula exactamente as mesmas características que eu tenho (risos). É uma pessoa às direitas. É integra, completa, generosa, tem sobretudo um fundo de alma muito bom. E é aquela pessoa que partilha tudo comigo e por isso é a pessoa mais importante para mim.
Como é a vossa relação no dia-a-dia? Dizem que sim a tudo?
LF – Nós discutimos. Já lá vão os tempos em que as mulheres concordavam com os maridos.
PC – Nós discordamos várias vezes, mas concordamos nas coisas que são essenciais. E discutir é bom, porque mantém viva a relação.
Estão juntos há seis anos. Ainda se conseguem surpreender um ao outro?
LF – Claro, porque nós nem nos apercebemos que este tempo passou tão depressa como passou.
Qual é o segredo para manter a vossa relação?
LF – Discutir bem (risos).
PC – Acho que somos pessoas bem humoradas. O facto de sermos pessoas criativas e muito parecidas também ajuda. E há outra coisa importante. Porque há quem entre em desespero quando não tem trabalho. Nós não. A única coisa que nós precisamos é de ganhar dinheiro, mas como somos criativos inventamos sempre coisas para fazer. E acho que essa é uma mais-valia no nosso relacionamento.
Laurent precisa de dinheiro para gravar CD
VIP – O Laurent participou como jurado nos "Ídolos". Que balanço faz?
LF – Foi muito interessante e gratificante enquanto experiência sociológica. Pessoalmente, espero que isto leve as pessoas a conhecerem melhor aquilo que eu faço; que vão aos meus concertos e que comprem os meus discos.
Esta participação lançou-o para a ribalta e, sobretudo, fê-lo ganhar fãs. Como é que lida com isso?
LF – É verdade. Lido bem, porque não há artistas sem fãs. Um artista tem de ter fãs para vender. Na rua as reacções são muito educadas e simpáticas.
É especialmente bem visto pelo sexo feminino. A Paula não tem ciúmes deste assédio?
PC – Eu também lhe acho piada (risos). É complicado sobreviver como artista se não se tiver fãs. Não tenho ciúmes. Eu sou mulher dele e as fãs são outra coisa.
O Laurent é filho do actor Sinde Filipe e de uma pianista. Serem ambos do mundo das artes facilitou a sua aproximação à música?
A minha mãe todos os dias exercitava as falanges e ia tocando umas peças e aquilo ia-me influenciando. A nossa casa recebia muita gente ligada ao teatro, ao cinema, à literatura. Essas coisas, de uma forma mais ou menos sentida, acabam por ficar connosco.
Nunca pensou fazer mais nada além de música?
Comecei a trabalhar aos 15 anos porque só queria aquilo. Fui mordido pelo vírus da música. Nunca tive crises de identidade, nem dúvidas para onde queria ir. O que eu faço é uma profissão de fé. Eu acredito e por isso é que consigo passar temporadas sem fazer nada.
Para quando um CD seu?
Neste momento está parado porque estou à espera de financiamento. É público que estou literalmente de mão estendida a pedir dinheiro. Tenho tudo pronto para começar a gravar, mas não tenho dinheiro.
Numa conjuntura de crise, que futuro adivinha para os jovens dos "Ídolos"?
Eles agora vão fazer a digressão nacional e isso vai-lhes dar mais exposição mediática. Acredito que as oportunidades estão em cantar em português, com boas letras.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paulo Lima; Produtora: Nucha; Cabelos e Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionel; Agradecimentos: Fox Trot Bar – 21 395 26 97; Aldo – 214 601 555; BCBG Maxazria – 21 316 22 00 Karen Millen – 213 162 298; Loja das Meias – 21 371 03 00
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