Katia Aveiro teceu esta quarta-feira, 21 de outubro, uma consideração sobre os estudos, depois de o filho mais velho, Rodrigo, de 20 anos, lhe ter perguntado se estava arrependida de não ter concluído o ensino escolar. O jovem, conforme contou a empresária nas redes sociais, está na universidade «e segue o seu caminho de maneira lúcida e a tentar construir um futuro que ele mesmo vai escolher». Katia Aveiro afirma que nunca lhe impôs este caminho. «Sempre quis e quero o melhor para ele e para os irmãos e se implica fazer uma formação de algo, então que assim seja, cá estarei para o apoiar.»
Sobre a questão pertinente colocada por Rodrigo, a irmã de Cristiano Ronaldo refere que respondeu de imediato, e sem qualquer mágoa, que eram outros tempos. «A minha cultura e educação, na altura, era se não gostássemos de estudar tínhamos que trabalhar para ter o nosso sustento. Então, na minha cabeça fizesse eu o 4 ou 9.º ano e entrasse na faculdade o meu trabalho e destino seria o mesmo (hotelaria ). Achei uma perda de tempo estudar quando eu achava que o meu futuro já estava ali na minha frente ( achava eu claro)…», começou por explicar, adiantando que era preciso trabalhar para ajudar em casa.
«Comecei a ganhar o meu dinheirinho tinha eu 16 anos acabados de fazer… Com 20 anos emigrei para Inglaterra, trabalhava num hotel e fazia extras em casa de ingleses nas limpezas … ( orgulhosamente falo sobre isso)». Neste percurso, que considera ser uma «escola da vida», aprendeu inglês, a servir num hotel para estrangeiros, fez serviço de mesas, ajudou na cozinha e ainda cantava no final de cada semana.
«O meu exemplo é útil para os meus filhos»
«Alguns anos depois a vida deu um reviravolta inesperada (o meu inglês foi essencial, por exemplo, para ajudar o meu irmão em Manchester) (…) Sei inglês, sei espanhol sei fazer contas, díficil alguém me enganar, sei abrir uma empresa, sei gerir pessoas, não sou uma Expert em informática mas sei manejar bem um pc… conheço o mundo, conheço costumes e não sou engenheira de canudo mas sou o exemplo de que não é preciso cursos de letras para ser mais que alguém… Faculdade e estudos não definem um bom trabalho», conclui Katia.
No entanto, sublinha que apoia os filhos que queriam prosseguir os estudos. «Óbvio que apoio e quero que os meus filhos façam faculdade (não tive essa oportunidade) mas o meu exemplo é útil para eles, onde o que prevalece é a vontade de aprender fora das paredes de uma escola e sim na estrada da vida … tenho orgulho de mim.»
Texto: Carla S. Rodrigues, Fotos: Redes Sociais
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