Júlia Pinheiro e Rui Pêgo estão casados há mais de 30 anos e o amor entre os dois nunca foi segredo para ninguém. Esta segunda-feira, 7 de outubro, o locutor de rádio deixou a apresentadora de boca aberta com uma declaração de amor. O marido da profissional da SIC fez um vídeo para homenagear a mulher que este domingo fez 57 anos, surpreendendo-a, em direto, no seu programa das tardes.
Antes de ouvir a voz inconfundível de Rui Pêgo, Júlia Pinheiro parecia que estava a adivinhar o momento. «Estão a dizer-me para ler o teleponto, eu sabia que havia malandrice. Ontem fiz anos e estava à espera que a coisa passasse despercebida, mas pelos vistos, vai acontecer qualquer coisa que eu não sei o que é. Dizem-me para respirar fundo e preparar-me para o que vou ver a seguir. Vou buscar os lenços de papel», disse Júlia Pinheiro antes de ouvir as palavras do marido, que fez uma retrospetiva da vida de ambos e de um percurso da mulher e profissional que domingo fez 57 anos.
«Chegaste à rádio e tudo em ti era novo»
«Foi uma arrogância dócil, um queixo provocador, um olhar curioso. Fiquei desarmado com aquele despropósito, a frase atrevida, o gesto definitivo. Chegaste à rádio e tudo em ti era novo. Trazias na voz uma frescura brilhante e eu soube logo que queria casar contigo. A caminho de um concerto do Carlos Santana, a brincar às moedas, prometi ganhar-te e acabámos a rir num pequeno-almoço em Madrid», começou por dizer o radialista, numa espécie de filme sobre o grande amor dos dois.
«E casámos! Tu, incrédula, a avançar no passo que tinhas jurado não dar, E eu, todo comoção no altar à tua espera. E naquela capelinha de Vila Nova de Cerveira, uma alegria febril derretia o frio de dezembro e anunciava uma aventura extraordinária. O tempo passou, vieram os filhos, as gargalhadas à solta entre os projetos intensos. A culpa a beliscar os dias em que não estavas na sala, no quarto, na escola, como querias estar, como se não percebesses que és pilar e chão e fundação de um lugar infinito a que chamamos família e onde todos nos abrigamos.Sobre o arame esticado das emoções, consegues gerir a dificuldade e recuperar o equilíbrio», disse Rui Maria Pêgo.
«Provaste que consegues fazer o que quiseres»
Com as lágrimas nos olhos, Júlia Pinheiro continuava a ouvir atentamente o marido. «E foste fazendo um percurso notável. Chegaste tarde mas conquistaste cedo o reconhecimento do trabalho, do talento, do empenho, com a performance singular de quem não faz planos nem define estratégias. E provaste que consegues fazer o que quiseres. Com uma capacidade de construção notável, és corajosa e arriscas, afirmas desejos, realizas sonhos, assumes posições, sem medo de te expores ao escrutínio público», continuou.
«Eu, nos bastidores, fico suspenso. Sofro a antecipar o desfecho e aplaudo de pé cada vitória. E numa ponta improvável, que liga o passado ao futuro, continuas atrevida, curiosa, determinada, sem nunca olhar para trás ou para ontem. Tudo em ti é futuro. Muitos parabéns, meu amor, tens a vida pela frente».
Em lágrimas, Júlia Pinheiro dirigiu as primeiras palavras para a sua equipa de trabalho, que a acompanha há quase nove anos. «Conseguiram… suas patifas. Tinha de ser esta voz». Em seguida, declarou-se ao marido. «Oh meu amor, eu também te amo»
«Hoje chorei, porque as palavras do meu marido emocionaram-me muito»
Depois de agradecer «um presente maravilhoso» e assumindo que são raras as vezes que se emociona como aconteceu, Júlia Pinheiro mostrou-se sensibilizada com as mensagens dos telespectadores e agradeceu também à SIC.
«Foi há 27 anos que a minha aventura televisiva, de facto, começou. Começou aqui. A SIC fez ontem 27 anos, tive esta grande circunstância que a vida nos proporciona, esta coincidência incrível: fundaram uma televisão no dia em que eu nasci», afirmou, continuando:
«Eu não pedi nada. Durante muitos anos, a minha festa de anos confundiu-se com a da SIC e foi muito bom. Tenho de agradecer à SIC este momento, quando, aos 57 anos, quando outras pessoas fazem outras contas à vida, eu faço as contas de estar aqui todos os dias convosco, faço as contas das audiências, da paixão que me traz todos os dias aqui e, por isso, peço um grande aplauso para os 27 anos da SIC».
A apresentadora terminou, assumindo: «Há uma velha aposta que eu nunca choro, mas eu hoje chorei, porque as palavras do meu marido emocionaram-me muito».
Texto: Rita Montenegro | Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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