O programa da SIC está suspenso mas a diretora de programas da SIC continua a ser alvo de críticas.
Dom, 28/01/2018 - 18:06
Uma ordem judicial colocou um fim (provisório) ao programa da SIC «Supernanny». Apesar de, no início desta semana (dia 22 de janeiro), a SIC ter promovido um debate em torno do formato, o Ministério Público interpôs uma acção tendo em vista impedir a exibição do formato.
Este domingo, 28 de janeiro, o terceiro episódio de «Supernanny» nãos erá exibido e, na grelha de programação, estão as novelas habitualmente exibidas nos outros dias da semana, «Paixão» e «Espelho de Água». Nas redes sociais, e uma semana depois de ter participado no debate moderado por Conceição Lino, Júlia Pinheiro continua a ser atacada por ter defendido o formato.
A diretora de programas da SIC partilhou no Instagram uma foto do seu rosto com a legenda «Com frio. Pensativa». Sem qualquer contexto televisivo ou referência ao programa Supernanny, Júlia Pinheiro foi rapidamente arrasada:
«Como vês, havia motivos para o programa acabar!», «Já pensaram nas crianças? O que sentirão quando forem faladas na rua, na escola? Porque não ajudar, sem espectáculo? Porque não os filhos das suas amigas, ou os seus? Não há ricos com problemas? Não me parece….Não façam aos outros o que não querem para vocês. O que se faz pelas audiências. Pensem que essas crianças vão crescer.», «Há outras maneiras de ajudar sem fazer um programa para lutarem por audiência!! Pense muito bem…», «A sua luta é por audiência, pois a SIC está a cair em desgraça…sem ideias! Mas não deve ser as crianças a pagarem esse preço!», são algumas das críticas apontadas à apresentadora.
Desde o arranque que Supernanny tem sido alvo de críticas e processos. Ao ponto de a Procuradoria Geral da República ter pedido que o programa fosse retirado do ar. A PGR enviou esta sexta-feira, 26 de janeiro, um comunicado à imprensa onde pede, «a título provisório e imediato» que Supernanny, exibido aos domingos à noite na SIC, seja retirado do ar.
Ao comunicado, o Ministério Público acrescenta que existem processos a decorrer para a promoção e proteção a favor das crianças, cuja identidade foi revelada nos dois primeiros episódios do programa. No que respeita ao primeiro programa emitido, o Ministério Publico, na sequência de certidão enviada pela CPCJ de Loures, «instaurou um inquérito para investigar factos susceptíveis de integrarem o crime de desobediência».
Está agendada para 15 de fevereiro uma audiência na qual a SIC poderá contestar a decisão que, de resto, é de caráter provisório.
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