Júlia Palha esteve este sábado, 10 de outubro, no programa Alta Definição, da SIC, onde se deu a conhecer «sem medos, nem fragilidades» e abordou muito a questão da imagem e as críticas de que tem sido alvo nas redes sociais. «Faço muitas reflexões interiores diárias. É uma coisa que se aprende com a idade e com a experiência de vida. Trabalhar neste meio faz-nos ter essa consciência», começou por referir a atriz, de 21 anos, que reforçou recentemente a ficção do canal de Paço de Arcos. Em breve Júlia irá abraçar o seu primeiro papel de protagonista, numa novela que conta também com Sofia Alves, a principal vilã.
«É importante saber lidar com as inseguranças»
Júlia, que assume ser um pouco tímida, referiu a Daniel Oliveira ter noção de que o público que a segue nas redes sociais é muito jovem e tenta passar-lhe uma mensagem positiva. «Que se sintam à vontade que eles mesmos e não tenham medo, porque é importante saber lidar com as inseguranças e perceber que toda a gente as tem. Mostrar o lado real, frágil e, acima de tudo, que não queiras mudar mas aprender a moldar aquilo que para ti está menos bem. Não há mal algum em quereres melhorar, o mal acontece quando queres mudar. Se não sabemos aceitar algo tão simples que nos foi dado, o nosso corpo, como vamos aceitar as outras coisas da vida?.»
A atriz ressalvou ainda que é urgente ser-se mais confiante do que bonito para singrar. «Quando acreditamos em nós, as pessoas também acreditam. É uma coisa de energias.» Ainda sabe admite ter medo de falhar, algo comum a qualquer mortal. »Mas também acredito que tudo tem o seu tempo. Se algo falhou é porque não estava ser agora» e fará sentido mais tarde.
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Recordações da infância e o divórcio dos pais
Da infância, Júlia Palha recorda a «simplicidade das coisas». Sendo a mais velha de três irmãos, confessa que era um pouco mandona e obrigava-os a fazerem teatros ou filmes. «Uma hora depois queriam desistir e eu não deixava», contou entre sorrisos, relatando a Daniel Oliveira que cresceu numa quinta em Vila Franca de Xira, propriedade do pai, e teve a sorte de crescer com vários primos por perto. No entanto, salienta que nunca cresceu com grandes posses económicas. «Cresci com a noção de que o dinheiro custa a ganhar e nunca fui de pedir muitas coisas aos meus pais.»
Com os progenitores aprendeu a ser educada e a respeitar o próximo. O casal separou-se quando a nova estrela da SIC tinha oito anos. Foi um período que a marcou, mas os pais sempre se deram bem. «A minha mãe era de Lisboa e comprou casa em Vila Franca de Xira para estarmos perto do pai.» Como a própria reconhece, nenhum deles falhou um segundo. Sobre a mãe sublinha: «Somos fotocópias, mesmo em termos de personalidade».
«Não tenho culpa de ter nascido com este corpo»
E se em criança Júlia Palha conta que era «um palito», uma maria-rapaz e sem maminhas, depressa se tornou uma mulher com curvas, tendo sido convidada para emprestar a imagem a uma marca de lingerie. Algo que lhe valeu críticas, com as quais foi difícil de lidar. «As minhas fotos eram iguais às das outras mil raparigas, mas davam mais nas vistas», diz triste, acrescentando: «Não fiz nada, não tenho culpa de ter nascido com este corpo. Até há dois anos não tinha nada [maminhas]». A atriz diz ainda que não pensa mudar nada na sua imagem.
Com um novo desafio profissional, a atriz diz que que tem uma «necessidade narcisista de reconhecimento», não por ter um ego grande, mas porque quer ser fazer melhor, nunca está satisfeita. O melhor caminho? Seguir sempre em frente e esquecer quem a vê apenas como uma cara bonita. «Isto faz com que tenhas de provar o triplo, mas haverá sempre pessoas que te vão colocar um rótulo e não terá por onde fugir. Caras bonitas há muitas mas nem todas chegam a algum lado.»
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Reprodução redes sociais
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