“Eu sou uma pessoa doente”, admite Judite Sousa, que a 29 de junho de há três anos perdeu o filho, André Sousa Bessa. Agora, Judite Sousa começa a falar sobre a dor da perda. A jornalista abriu as portas da sua mágoa numa entrevista recente a Cristina Ferreira e, agora, volta a falar sobre o tema ao Jornal de Notícias. A entrevista decorreu em torno do trabalho da diretora adjunta de Informação da TVI e como o tempo que dedica à profissão a tem salvo da depressão.
“Sempre trabalhei muito enquanto profissional, sempre me dediquei muito à minha profissão e à minha carreira. Isso é verdade, mas é uma coisa. Outra coisa, completamente diferente, é trabalhar muito enquanto doente. E eu sou uma pessoa doente, sofro de uma doença crónica, que me vai acompanhar até ao fim dos meus dias”, disse.
Sem nunca proferir a drática palavra suicídio, a jornalista aborda o assunto, suportando-se mais uma vez no trabalho. “Uma pessoa que sofre de uma doença mental tem de trabalhar, não pode ficar em casa enterrada no sofá, porque isso pode levar a um desfecho trágico. Isto é um facto, são os médicos que o dizem”, referiu. Judite, de 56 anos, alertou que nos quatro meses em que foi obrigada a parar, após a morte de André Sousa Bessa, se sentiu “perto dessa tragédia”.
As três semanas que passou em Paris aquando da cobertura das presidenciais francesas, foram uma lufada de ar fresco para Judite que conta que precisa de ir para o terreno.
Veja também:
Siga a Revista VIP no Instagram