José Raposo escreveu um longo texto sobre o grande amigo António Cordeiro que está a emocionar os seguidores. O ator relatou «a história de um grande amor» do colega de profissão com a mulher, Helena Almeida, que tem sofrido com o avançar da doença rara do marido – paralisia supranuclear progressiva.
Na mensagem emotiva, que vem acompanhada por uma imagem do casal, Raposo revela que também ele sofre ao ver o amigo a piorar ao longo dos anos. «Eu fui acompanhando a evolução da doença, e sofri, como todos os amigos do António, ao assistir à incapacidade que se foi instalando nele de controlar os movimentos do corpo e da fala… exatamente as ferramentas essenciais do ator! É indescritível a crueldade desta doença, que transforma a pessoa num ser completamente dependente!», afirmou aquele que não poupa elogios a Helena Almeida.
«A Lena é uma guerreira! A Lena dedicou-se de corpo e alma ao amor da sua vida, e eu mais os amigos próximos do casal somos testemunhas! Ela passou a ser os braços, as pernas, o corpo do António! Só assim poderia o António ficar em casa, pois as 24 horas do dia eram passadas a ir (a Lena tirou a carta por isto) a fisioterapeutas, médicos, hospitais, e em casa todas as ações do dia-a-dia, sendo que para andar, ela tinha de conduzi-lo agarrando-o por trás! E mesmo assim o António caía algumas vezes por dia, pois o desequilíbrio é sintoma maior da doença, e ele pesava mais que ela, óbvio!»
«Só vêm destilar veneno»
Com a pandemia de Covid-19, Helena Almeida viu-se obrigada a internar o marido na Casa do Artista para garantir todos os cuidados necessários e também para o proteger da melhor forma. Mas foi criticada por isso e acusada de «despejá-lo» naquele lugar. José Raposo sai agora em sua defesa.
«Não é que as mentes perversas das pessoas que só vêm às redes sociais destilar veneno sobre o que não conhecem, começaram a insinuar que a Lena tinha “despachado” o António para a Casa do Artista porque agora ele já não lhe servia para nada?! Nem vale a pena comentar…», referiu.
«O que eu queria aqui salientar é que esta história é mais uma das que provam que o amor é sempre vencedor, e nesta época de calamidade mundial, sem dúvida que o amor nos está a unir de forma natural.»
Leia aqui a mensagem na íntegra:
«António Cordeiro e Helena Almeida – a história de um grande amor. Esta foto tirei-a no Barreiro em 18 de fevereiro de 2019, num jantar anual de amigos barreirenses, que neste ano se fez em honra do Cordeiro.
Como toda a gente sabe, este conhecido ator português, de quem sou grande amigo, contraiu uma doença rara – paralisia supranuclear progressiva – há cerca de quatro anos. Esta doença é incurável e degenerativa, provocando rigidez nos músculos, dificuldades na fala e demência, entre outras consequências.
Eu fui acompanhando a evolução da doença, e sofri, como todos os amigos do António, ao assistir à incapacidade que se foi instalando nele de controlar os movimentos do corpo e da fala… exatamente as ferramentas essenciais do ator! É indescritível a crueldade desta doença, que transforma a pessoa num ser completamente dependente!
E aqui entra neste texto a Lena… a Lena é uma guerreira! A Lena dedicou-se de corpo e alma ao amor da sua vida, e eu mais os amigos próximos do casal somos testemunhas! Ela passou a ser os braços, as pernas, o corpo do António! Só assim poderia o António ficar em casa, pois as 24 horas do dia eram passadas a ir (a Lena tirou a carta por isto) a fisioterapeutas, médicos, hospitais, e em casa todas as acções do dia-a-dia, sendo que para andar, ela tinha de conduzi-lo agarrando-o por trás! E mesmo assim o António caía algumas vezes por dia, pois o desequilíbrio é sintoma maior da doença, e ele pesava mais que ela, óbvio!
Ora, recentemente, com o agravar da situação (o António já não andava nem falava), a Lena viu-se obrigada a internar o marido na Casa do Artista, instituição de grande mérito como se sabe. E, meus senhores, não é que as mentes perversas das pessoas que só vêm às redes sociais destilar veneno sobre o que não conhecem, começaram a insinuar que a Lena tinha “despachado” o António para a Casa do Artista porque agora ele já não lhe servia para nada?! Nem vale a pena comentar… o que eu queria aqui salientar é que esta história é mais uma das que provam que o amor é sempre vencedor, e nesta época de calamidade mundial, sem dúvida que o amor nos está a unir de forma natural… quase sem se dar por isso…! P.S. – fiquem em casa.»
Texto: Filipa Rosa; Fotos: Reprodução redes sociais
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