José Castelo Branco
Tem motivos para ‘festejar’ ida de Betty Grafstein para os Estados Unidos

Nacional

Betty Grafstein já está nos Estados Unidos mas essa ida pode ser bastante benéfica para José Castelo Branco.

Qua, 05/06/2024 - 15:30

As testemunhas de que José Castelo Branco exercia violência doméstica a Betty Grafstein ainda não pararam de aparecer. Contudo, a joalheira teve alta e deixou tudo para trás, regressando aos Estados Unidos, onde foi recebida pelo filho.

Tânia Laranjo, jornalista do Correio da Manhã, esteve no estúdio do canal de televisão a analisar o caso. Explicou que a saída de Betty de Portugal pode jogar a favor do negociador de arte. “Em termos judiciais, esta pode ser a melhor notícia para José Castelo Branco. A memória futura que foi feita era claramente insuficiente, Betty no dia em que José Castelo Branco foi detido praticamente não prestou declarações, prestou declarações à GNR, em termos judiciais vale zero, o depoimento vai ser facilmente contestado”, começou por explicar.

“Atendendo a que foi para os Estados Unidos e que provavelmente não regressará, significa que o processo judicial provavelmente vai morrer antes de termos acusação. Eu diria que é muito difícil para o Ministério Público sequer avançar para uma acusação, mesmo que avance para uma acusação dificilmente se demonstra com o depoimento da GNR que não foi contraditado, não teve a defesa de José Castelo Branco”, aponta.

“A prioridade de Betty é o divórcio”

“Estamos a falar de alguém que tem 95 anos, que naturalmente estava absolutamente combalida e ainda sob efeito de todo o quadro clínico onde estava no momento em que foi obtido o primeiro depoimento. Cumprindo as regras do direito português, o processo de José Castelo Branco dificilmente tem pernas para andar. Ela tem 95 anos, está doente, mesmo que esteja suficientemente melhor para ter alta não significa que não continua num quadro difícil, estamos a falar de alguém para quem uma viagem de 8 ou 10 horas é uma viagem difícil”, sublinha.

“Eu acho que é praticamente impossível Betty regressar ao nosso país, a prioridade de Betty é o divórcio e o processo judicial fica, de facto, condicionado a este desejo. Eles viveram muitos anos em comum, Betty também não quererá ver José Castelo Branco na cadeia, não lhe desejará mal. Deve haver aqui uma ambiguidade de sentimentos. Agora já não está no nosso país, não pode ser ouvida lá, poder pode mas seria praticamente impossível, em termos de mobilidade vemos que irá piorar. Portanto, o processo judicial está muito condicionado, eu diria que a probabilidade de José Castelo Branco nunca ser condenado é, de facto, muito alta“.

Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala

 

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