No fim de 2018, Nuno Pinto, de 32 anos, apanhou o maior susto da sua vida, ao ser-lhe diagnosticado um linfoma, tal como a VIP anunciou aqui. Quatro meses depois, o jogador do Vitória de Setúbal já cumpriu mais de metade das sessões de quimioterapia e o linfoma desapareceu.
À RTP, o futebolista fez as primeiras declarações após ter superado a doença que o impediu de jogar. «O que me custou mais não foi a doença em si, foi não poder fazer aquilo que eu mais gosto e fazer aquilo que eu sei, que é jogar futebol. Só o facto se sentir a relva, sentir o cheirinho, treinar com os meus companheiros, faz-me sentir um bocadinho mais útil do que aquilo que eu era», adiantou, feliz por poder regressar aos relvados.
Nuno Pinto conta que, desde o início, esteve confiante e que só se concentrou num caminho: vencer a batalha. «Eu sabia que tinha de ganhar. E felizmente as coisas têm corrido bem e já estou limpo. Já não tenho nada, apesar de ter de fazer os tratamentos até ao fim. E foi mais um desafio ganho.»
Porém, nem tudo foi fácil e houve momentos em que a morte o intimidou. «A primeira coisa que se associa é a morte. Isso nunca me passou pela cabeça, sou sincero. Nunca me passou pela cabeça que eu não ia conseguir.
A homenagem de Cristiano Ronaldo
Enquanto enfrentava a ideia de ter de começar os ciclos de quimioterapia, Nuno Pinto recebeu um incentivo muito especial.
«Comecei os tratamentos no IPO de Lisboa no dia 9 de Janeiro, no dia 8 de Janeiro eu estava em casa, com a minha mulher e com os meus filhos e estava ali um bocado mais em baixo. E quando recebo o vídeo do capitão da seleção nacional, o melhor jogador do mundo, e começo a ver… Emocionei-me. Foi dos poucos momentos em que me emocionei», desvenda o futebolista, que orgulha de ter recebido uma mensagem de força do «Melhor do Mundo».
Filhos são a maior motivação
Casado e com três filhos, foi o núcleo familiar que nunca o deixou abalar-se. «Nunca tive momentos de dúvida, mas tive momentos difíceis, em que estou em casa à noite e levanto-me, sem sono, e começo a olhar para a minha mulher, para os meus filhos, e fico ali mais sensibilizado», admite o lateral do Vitória de Setúbal.
«Não é fácil, não foram momentos fáceis. Ao ponto de ir ao quarto deles, olhar para eles e pensar para mim mesmo: ‘eu vou conseguir por vocês’. É isso que me puxa para cima e nunca pensar em coisas negativas.»
Texto: Tânia Cabral; Fotos: Vitória FC
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