Um dos 18 cães resgatados pela GNR – pertencentes a João Moura, acusado de maus-tratos a animais de companhia, morreu esta quinta-feira, 21 de fevereiro.
O cavaleiro tauromáquico foi detido, esta quarta-feira, 19 de fevereiro, por suspeita de maus-tratos sobre uma matilha de cães de que é detentor. Saiu em liberdade e fica a aguardar o desenvolvimento do inquérito com termo de identidade e residência.
Os animais foram encontrados doentes e com sinais de subnutrição após uma operação da GNR na propriedade do toureiro de 59 anos, em Monforte.
De acordo com o jornal Público, dois dos cães foram entregues aos cuidados de particulares e os restantes distribuídos por duas outras associações. E foi um dos que estava ao cuidado de uma das família de acolhimento que acabou por morrer.
GNR divulga imagens chocantes
Esta quinta-feira, a GNR divulgou imagens dos animais, visivelmente subnutridos, num ambiente de abandono e emitiu um comunicado.
«O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Monforte e do Núcleo de Proteção Ambiental, deteve um homem de 59 anos, no âmbito de um processo crime de maus-tratos e abandono de animais de companhia, no concelho de Monforte», pode ler-se.
«Na sequência das diligências de investigação foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária, o que resultou no resgate de 18 cães por se encontrarem subnutridos e sem condições de salubridade. Os animais foram recolhidos pela Câmara Municipal de Monforte, para receberem cuidados veterinários», explica o comunicado.
«O detido foi constituído arguido e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Portalegre», termina.
Dos cerca de 40 cães que João Moura tinha na herdade, a GNR e o veterinário municipal consideraram que 18 galgos ingleses estavam em risco e foram apreendidos. Os restantes continuam a passear nas imediações da quinta de Santo António em Monforte, onde o toureiro é também criador desta raça.
Pena de prisão
O crime de maus-tratos a animais de companhia é punível com uma pena de prisão até um ano ou um multa até 120 dias, de acordo com o Código Penal, que também prevê que, no caso da morte dos animais ou «privação de importante órgão ou membro ou afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção», a pena de prisão seja de até dois anos e a multa de até 240 dias.
Citado esta quarta-feira pelo blogue As Farpas, o cavaleiro defende-se: «Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães, alguns estavam magros, mas não os tratei mal». E diz, ainda, estar«em casa tranquilo e com a consciência tranquila».
Texto: Inês Neves; Fotos: Impala e GNR
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