João Moura foi acusado de maus-tratos a animais depois de, em fevereiro do ano passado, terem sido encontrados e resgatados da sua herdade em Monforte 18 cães da raça Galgo subnutridos. Agora, está a ser preparada uma homenagem ao cavaleiro, a realizar-se no Campo Pequeno, em Lisboa, que está a gerar revolta.
O IRA – Intervenção Resgate Animal está a organizar uma manifestação contra o evento, marcado para 26 de agosto. “Como há portugueses que não têm vergonha na cara e ainda gozam com os direitos e o bem-estar dos animais, dia 26 de agosto estaremos na praça do Campo Pequeno com fotografias dos galgos esqueléticos que o João Moura quase matou à fome”, lê-se na descrição do grupo de Facebook intitulado “Contra homenagem a João Moura”.
“Quase 50 galgos não perderam a vida graças a uma patrulha da GNR de Monforte, sendo que 18 dos quais tiveram de ser imediatamente transportados para tratamentos veterinários. Quem quiser juntar-se aos elementos do IRA e mostrar que Portugal não tem lugar para este tipo de criminosos ou eventos de merd*, apareça! Faremos questão de estarmos bem visíveis no local!”, termina.
Mais de 700 pessoas confirmaram presença
Já há 5,3 mil pessoas interessadas em comparecer e mais de 700 confirmaram presença.
Também o PAN lamentou a realização de uma homenagem a João Moura. “Já é difícil compreender que se homenageie alguém que tem por actividade torturar um animal, mais ainda quando é do conhecimento público que deixou os seus cães morrer à fome”, escreveu Inês de Sousa Real, porta-voz do partido, nas redes sociais.
“No cartaz encontramos ainda o nome do seu filho, João Moura Jr., que também ficou conhecido pelas imagens que mostravam os seus cães a atacar um touro. Esta prática abjeta foi abolida na Inglaterra em 1835 e é conhecida como ‘bull-bating’. Consiste em atiçar cães para esfacelarem bovinos vivos”, lamenta ainda Inês Sousa Real.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: DR
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